RS confirma mais duas mortes por leptospirose e registra 54 casos em maio

RS confirma mais duas mortes por leptospirose e registra 54 casos em maio



A Secretaria de Estado de Saúde do Rio Grande do Sul confirmou mais duas mortes por leptospirose relacionado a enchentes que afetam o estado desde o final de abril na noite desta quinta-feira, 23. As vítimas da infecção causada pelo contato com água contaminada por urina de rato foram dois homens de 56 e 50 anos, respectivamente, de Cachoeirinha e Porto Alegre —o primeira morte na capital.

Segundo balanço divulgado pelo ministério, só neste mês foram confirmados 54 casos da doença e há quatro óbitos confirmados e quatro em investigação nos municípios de Encantado, Sapucaia, Viamão e Tramandaí. Até o momento, foram notificados 1.140 casos suspeitos da infecção. O paciente de Cachoeirinha faleceu no dia 19, enquanto o morador de Porto Alegre faleceu no dia 18.

Segundo o ministério, foram registrados outros incidentes de saúde relacionados às enchentes: um episódio de tétano acidental, 83 acidentes anti-rábicos Isso é 27 acidentes envolvendo animais peçonhentos.

Mortes por leptospirose

A primeira morte por leptospirose relacionado às enchentes no Rio Grande do Sul foi confirmado na noite da última segunda-feira, 20, pela Secretaria de Estado de Saúde. O paciente era um homem de 67 anos, morador do município de Travesseiro, região do Vale do Taquari, que apresentou os primeiros sintomas no dia 9 e faleceu no dia 17.

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Nesta quarta-feira, 22, o ministério informou que o segunda morte confirmada e que a vítima era um homem de 33 anos, natural do município de Venâncio Aires, localizado no Vale do Rio Pardo.

A doença já circula no território gaúcho e, desde o início do ano até 19 de abril, informa 129 casos e seis mortes. No ano passado, foram 477 registros e 25 mortes.

Entenda a leptospirose

Causada por bactérias leptospira, a leptospirose é causada pelo contato direto com a urina de animais infectados ou com água ou lama contaminada, como ocorre nas enchentes. Você Os sintomas costumam aparecer entre cinco e 14 dias após a contaminaçãomas pode se manifestar em um período de até 30 dias.

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Uma pessoa deve procurar atendimento médico ao apresentar sintomas como febre, dores no corpo e de cabeça, fraqueza e calafrios. No caso de dor, é importante ficar atento principalmente se ela atingir o nível de panturrilhapopularmente chamada de “batata perna”.

Ó O tratamento geralmente é feito com antibióticos, mas se o caso piorar, recomenda-se a internação para evitar complicações. Segundo o Ministério da Saúde, em episódios mais graves, o risco de morte pode chegar a 40%.

Cuidados para evitar a doença

Segundo a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML), mesmo quando o nível da água baixar, será necessário adotar medidas de proteção em locais que foram afetados por enchentes, principalmente na hora de limpá-los. Isso ocorre porque o bactéria lepstopira pode viver cerca de seis meses no meio ambiente.

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A recomendação é usar botas e roupas impermeáveis, além de luvas. Recomenda-se também evitar o contato com água presa em áreas alagadas.

“A bactéria pode penetrar no corpo através da pele ou de mucosas como nariz e boca, facilitando a propagação da doença”, afirmou André Doi, patologista clínico e diretor científico da entidade, em comunicado.

Para desinfecção de ambientes, a Secretaria de Estado de Saúde do Rio Grande do Sul recomenda o uso de água sanitária (hipoclorito de sódio 2,5%) na proporção de um copo de água sanitária para um balde de 20 litros de água.

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“Outras medidas de prevenção são manter os alimentos armazenados em recipientes bem fechados, manter a cozinha limpa e sem resíduos de alimentos, retirar restos de comida ou ração de animais antes de escurecer, manter o terreno limpo e evitar detritos e acúmulo de objetos nos quintais ajudam a evitar a presença de roedores” , ele adiciona.

Inundações e outras doenças

A situação crítica do Estado abre espaço para outras infecções e proliferação de doenças. Além da leptospirose, episódios de hepatite A, diarreia, tétano, febre tifóide, tétano, cólera e vermes podem afetar a população afetada.

Assim como a água, os alimentos podem ser responsáveis ​​por infecções. “Não consumir alimentos que tenham tido contato com água de enchentes ou lama, inclusive alimentos embalados, enlatados ou perecíveis, como frutas e verduras”, alertou o Ministério da Saúde em nota.

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Guias aconselham sobre doenças causadas por tragédias climáticas

Doença causada pelo contato com água contaminada por urina animalprincipalmente ratos, infectados com uma bactéria, o leptospirose está entre as principais preocupações de especialistas em saúde pública. Dada a gama de doenças que podem afetar a população, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) lançou guias em parceria com outras entidades médicas com orientações sobre como prevenir infecções em desastres climáticos e também em abrigos.

No guia de manejo há explicações detalhadas sobre doenças que podem ser transmitidas pela água contaminada, como cólera, hepatite A e leptospirosedoenças respiratórias e também condições causadas por vetores, como dengue e febre amarela.

O documento foi elaborado por meio de uma força-tarefa que envolveu representantes de entidades médicas do Rio Grande do Sul, que mapearam os principais riscos em situações de grandes enchentes, incluindo acidentes com animais peçonhentos e materiais perfurocortantes — este último pode levar a casos de tétano.

“Havia uma clara falta de orientações técnicas, e havia muitas doenças que poderiam afetar potencialmente a população do Rio Grande do Sul, especialmente aqueles mais expostos ao risco: socorristas e pessoas resgatadas”, diz trecho do documento assinado por Alessandro Comarú Pasqualotto, presidente da Sociedade Gaúcha de Infectologia, e Fabrizio Motta, chefe do Departamento de Controle de Infecções e Infectologia Pediátrica da Santa Casa de Porto Alegre.

Outro guia traz recomendações sobre higiene das mãos, roupas e abrigos como um todo, medidas de segurança alimentar e doenças que tendem a causar surtos em locais de concentração de moradores de rua, como pneumonia, tuberculose, diarreia e problemas que afetam a pele e o couro cabeludo, como infestações por piolhos e outros parasitas.



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