Num mundo cada vez mais conectado, as redes sociais estão presentes no dia a dia de milhões de pessoas. Plataformas como Instagram, Facebook, TikTok e outras oferecem um espaço para compartilhar experiências, opiniões e momentos, criando um sentimento de proximidade entre os usuários. No entanto, o uso excessivo destas plataformas pode ter efeitos adversos na percepção de felicidade e na saúde mental.
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Segundo pesquisa da H2R Insights & Trends, mais de 80% dos brasileiros consideram que as redes sociais impactam negativamente na saúde mental, alimentando sentimentos de ansiedade e depressão. A comparação constante nas redes sociais tem efeitos profundos na autoestima dos usuários. Estudos mostram que, ao visualizar perfis que exibem momentos de sucesso e felicidade, muitas pessoas tendem a se sentir desanimadas com a própria vida.
Esse consumo frequente pode gerar sentimentos de inadequação, ansiedade e insatisfação pessoal, levando à falsa percepção de que a felicidade alheia é sempre maior. O fenômeno F.oMO (medo de perder), relatado por muitos usuários, intensifica a sensação de perda de experiências importantes, aumentando a pressão para viver uma vida “perfeita” de acordo com os padrões digitais. A busca incessante pela validação online acaba criando uma dependência de aprovação através de curtidas, comentários e compartilhamentos.
Essa dinâmica alimenta a necessidade de aceitação social, interferindo na percepção do que é verdadeiramente importante para a felicidade. Segundo o psicólogo do Centro de Apoio Psicopedagógico do Centro Universitário Newton Paiva, Igor Téuri, isso gera uma pressão constante, criando uma desconexão entre a realidade e a imagem idealizada compartilhada nas redes.
“O problema não está no uso da rede social, mas na forma como ela é utilizada. Quando nos comparamos constantemente com o que vemos nas redes, muitas vezes ignoramos que o que está sendo mostrado é apenas um pedaço da vida das pessoas” , explica.
Os sinais de que o uso das redes sociais está a afetar negativamente a saúde mental incluem isolamento social, baixa autoestima e ansiedade. Seu uso excessivo está contribuindo para o aumento dos casos de depressão, uma vez que a necessidade de aceitação, quando não atendida, pode gerar frustração, baixa autoestima e sentimentos de rejeição. Além disso, o feedback negativo ou a falta de engajamento nas postagens podem intensificar sentimentos de desvalorização.
Apesar dos danos potenciais, nem todo uso das redes sociais é prejudicial. Quando utilizado de forma consciente e equilibrada, pode ser uma ferramenta poderosa para fortalecer conexões e manter relacionamentos significativos com amigos e familiares. O relatório global de 2024 destaca que o tempo médio gasto no uso das redes sociais continua crescendo, e o Brasil está entre os países com maior tempo diário gasto online, destacando a importância de refletir sobre o impacto desse comportamento.
Para uma utilização mais saudável das redes é fundamental observar o tempo e o contexto de utilização, refletindo sobre os objetivos de estar presente nestas plataformas. Ter clareza sobre suas intenções ao utilizar as redes, seja para se comunicar, compartilhar ou se conectar, é essencial para evitar a armadilha da comparação social. O autoconhecimento e a reflexão constante sobre como a tecnologia afeta a vida pessoal são práticas recomendadas por especialistas.
“O uso consciente das redes sociais é fundamental para evitar impactos negativos na saúde mental. É importante refletir sobre como utilizamos essas ferramentas e garantir que elas estejam a nosso favor, não nos causando sofrimento ou comparações desnecessárias”, aconselha Igor.
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