Tratamento hormonal na menopausa retarda envelhecimento, mostra estudo – Jornal Estado de Minas

Tratamento hormonal na menopausa retarda envelhecimento, mostra estudo – Jornal Estado de Minas



BARRA MANSA, RJ (FOLHAPRESS) – Em novo estudo, pesquisadores chineses mostraram que o tratamento da reposição hormonal (TH) na idade certa pode levar a um abrandamento do envelhecimento do ponto de vista biológico. Promover a terapia, portanto, é importante para promover maior qualidade de vida entre a população idosa. Os resultados foram ainda mais proeminentes entre a população de baixo nível socioeconômico.

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José Maria Soares Júnior, chefe do departamento de ginecologia e obstetrícia da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), ressalta que o tratamento hormonal não é considerado uma terapia antienvelhecimento. “Mas retarda um pouco algumas alterações, principalmente cardiovasculares e neurológicas, que podem ocorrer na menopausa, principalmente pela redução do estrogênio, que tem sua ação nesses tecidos”, afirma.

O estudo foi desenvolvido com base em dados obtidos da coorte de saúde britânica UK Biobank entre 2006 e 2010. Além do uso da terapia hormonal, os pesquisadores também avaliaram a idade em que ela foi administrada e a duração do tratamento. A análise também incluiu desdobramentos sociais de escolaridade, renda familiar e ocupação profissional. Para avaliar a idade biológica dos participantes, foram medidos nove biomarcadores diferentes e mortalidade por todas as causas e por causas específicas.

No total, foram incluídos no estudo dados de mais de 110 mil mulheres, com idade média de 60 anos. Entre aqueles que utilizaram tratamento de reposição hormonal, houve menor discrepância no envelhecimento, principalmente naqueles que iniciaram a terapia aos 55 anos ou mais. Os resultados foram publicados na revista científica Jama (Journal of the American Medical Association).

O próprio estudo reconhece algumas de suas limitações. Primeiramente, as informações foram coletadas dos relatos pessoais dos pacientes e, portanto, podem conter imprecisões. Além disso, relativamente à idade biológica, não houve um acompanhamento a longo prazo do envelhecimento destas mulheres, apenas uma análise num momento específico das suas vidas. Por fim, foram utilizados dados de mulheres britânicas, especialmente de mulheres brancas, que não podem ser generalizados para pessoas de todo o mundo devido a diferenças em fatores genéticos.

Quanto aos aspectos socioeconômicos, os resultados de menor discrepância na média de envelhecimento foram mais evidentes, principalmente quando comparado ao nível de escolaridade das mulheres envolvidas na pesquisa. O professor e pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais, Márcio Hipólito, destaca que, no Brasil, existe um grande número de mulheres pobres e carentes que não têm recursos para comprar medicamentos e, por isso, é tão importante fazer o tratamento disponibilizado pelo SUS (Serviço Único de Saúde).

Outro estudo publicado este ano na revista científica BMC Women’s Health mostra que é fundamental iniciar o tratamento o mais rápido possível: se, de forma geral, a TH não estivesse associada à redução do número de mortes por todas as causas, os pacientes que iniciaram a terapia mesmo nos primeiros anos após a menopausa observaram uma melhoria neste indicador de longevidade.

Os resultados da pesquisa foram obtidos a partir de uma meta-análise que incluiu 33 estudos diferentes abrangendo mais de 44 mil mulheres com idades entre 48 e 72 anos. Para todos os pacientes, a terapia de reposição hormonal proporcionou melhora da dilatação arterial medida pelo fluxo, embora esse resultado não tenha sido consistente quando medido por outro método, pela nitroglicerina.

Este ano, um estudo realizado por pesquisadores mineiros que envolveu mais de 2.700 mulheres com 50 anos ou mais concluiu que esta é a média geral da menopausa natural nas mulheres brasileiras. Os pesquisadores também mostraram que fumar e estar abaixo do peso são os principais fatores associados ao evento precoce, enquanto a prática de exercícios físicos, o excesso de peso e a adesão a uma alimentação saudável podem atrasar essa fase da vida. Os resultados foram publicados na revista internacional Menopause? O Jornal da Sociedade da Menopausa.

No país, tramita no Senado um projeto de lei que reforça a oferta de tratamento, incluindo tratamento hormonal, do climatério e da menopausa pelo SUS. O PL 3933/23 já foi aprovado pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara e também visa oferecer exames e apoio psicológico.

Márcio Hipólito acrescenta que as mulheres podem adotar diversas medidas de saúde para chegar bem a esta fase da vida. Mudar hábitos, beber menos, evitar fumar, fazer mais exercício físico, reduzir a ingestão calórica, melhorar a qualidade da sua alimentação podem aumentar a sua qualidade de vida não só durante a menopausa, mas durante muitos anos depois dela.



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