Temperatura máxima: especialista dá dicas para se proteger do calor - Jornal Estado de Minas

As altas temperaturas já apareceram no Brasil e a previsão é de tempo muito seco e calor acima da média em grande parte do país. O final do outono costuma ser acompanhado de menos chuva e temperaturas mais amenas, dando boas-vindas às flores primaveris. Mas este ano, os efeitos do El Niño e do aquecimento global levaram a um aumento das ondas de calor, com temperaturas até 6°C acima da média.

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Segundo estudo realizado por 12 cientistas brasileiros e portugueses vinculados a instituições como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Universidade de Lisboa, as ondas de calor levaram à morte de mais de 48 mil pessoas no Brasil entre 2000 e 2018. Nutróloga e professora de medicina do Centro Universitário de Brasília (CEUB), Nádia Haubert lista alguns cuidados de saúde em casos de calor extremo.

Segundo ela, as principais consequências que as ondas de calor podem trazer são: desidratação, sintomas de insolação, distúrbios digestivos, como náuseas e vômitos, além de queimaduras na pele. “A insolação pode variar de sintomas leves a mais graves, como hipertermia, perda de consciência e parada cardíaca. O calor excessivo causa estresse térmico no corpo, o que dificulta a manutenção da temperatura estável, levando ao esgotamento do sistema nervoso central e circulatório”, explica.

Um organismo saudável que sofre estresse térmico geralmente se adapta à temperatura com consequências leves, como dores de cabeça, mal-estar e lentidão. No entanto, Nádia alerta para o cuidado com os grupos vulneráveis: crianças, grávidas e idosos. Os sintomas da exposição solar prolongada podem ser graves e potencialmente fatais. “Se alguém estiver em estado de confusão mental, boca seca, urina escura, dor no peito e falta de ar, procure ajuda médica imediatamente”, alerta.