Seu nome pode parecer estranho, mas a lignana está presente em alimentos bastante conhecidos: sementes de linhaça, gergelim e girassol; em cereais como aveia, centeio e trigo; além de frutas, como morangos e pêssegos, e oleaginosas. Ultimamente, a substância tem sido examinada por pesquisadores e estão coletando evidências sobre seus efeitos na saúde. Um dos trabalhos mais recentes envolve a redução do risco de diabetes tipo 2 e foi publicado em agosto na prestigiada revista “Jama Network Open”.
Os cientistas chegaram a essa conclusão após analisar informações de mais de 200 mil mulheres e homens, provenientes de diferentes bancos de dados, como o The Nurses’ Health Study, da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Entre aqueles que consumiram lignana houve tendência ao equilíbrio glicêmico, ou seja, os níveis de glicemia estavam em ordem.
“Trata-se de um estudo bem estruturado, que avaliou participantes com idade média de 44 anos, faixa com aumento na prevalência de doenças metabólicas”, observa a nutricionista Simone Mendes, do Hospital Israelita Albert Einstein.
Segundo o especialista, o estudo contribui para um melhor entendimento da lignana. Além da ação antioxidante, a substância atua como uma espécie de hormônio, pois apresenta algumas semelhanças estruturais e se liga a determinados receptores celulares. Na verdade, é chamado de fitoestrógeno. “Por isso parece ser útil para minimizar os sintomas da menopausa”, comenta Simone.
Outros estudos também mostram uma ligação com a redução do risco de tumores, especialmente tumores de mama. “Também há pesquisas que apontam redução dos níveis de colesterol circulante”, comenta a nutricionista. Seria, portanto, um aliado das artérias.
Como consumir
Mas, para aproveitar, é fundamental que a microbiota intestinal esteja saudável. Isso significa que a quantidade de microrganismos benéficos que habitam o intestino precisa ser maior que o número de micróbios nocivos. Uma alimentação repleta de frutas, verduras, legumes, feijão e outros fornecedores de fibras, com espaço para probióticos, favorece esse cenário.
Existem também alguns truques sobre a principal fonte de lignana, que é a linhaça. “Antes de consumir, a semente precisa ser triturada”, alerta a nutricionista. Um processador, um moedor de café ou até mesmo um liquidificador são parceiros nessa hora.
A recomendação se dá porque sua casca é bastante resistente e pode passar intacta pelo sistema digestivo, o que impede a liberação da substância benéfica. Outra dica é não armazenar a semente por muito tempo. Isso ocorre porque é muito suscetível ao ranço. Além das lignanas, a linhaça contém ômega-3, um membro da família das gorduras que tende a oxidar.
“Depois de triturado, guarde em recipiente escuro e hermético na geladeira, por até duas semanas”, ensina Simone Mendes. Essa “farinha” de linhaça complementa saladas de frutas, iogurtes, panquecas, entre outras preparações. Mas, como sempre, a dica é variar a alimentação, incluindo outras fontes de lignanas e diversos outros nutrientes que contribuem para uma boa saúde.
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