Ao pensar em saúde, as primeiras coisas que vêm à mente de muitas pessoas são alimentação e atividade física. E isso não acontece por acaso. São ingredientes fundamentais para o bem-estar físico e mental, associados a outros cuidados, como hidratação adequada, sono regular, evitar fumar e consumo excessivo de bebidas alcoólicas.
Segundo o International Stress Management in Brazil (ISMA-BR), o Brasil é o segundo país com mais trabalhadores estressados, chegando a mais de 72%. Por sua vez, a Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt) estima que aproximadamente 30% dos trabalhadores no Brasil sofrem com a síndrome de Burnout. Em 2022, a síndrome foi considerada fenômeno ocupacional pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Segundo a especialista da BurnUp, plataforma de saúde mental e emocional, Maria Cláudia Hauschild, apesar de estar conceitualmente relacionada ao trabalho, a exaustão pode aparecer em outros contextos da vida, levando a sintomas como irritabilidade, alterações de humor, cansaço extremo, alterações no sono padrão, entre outros sinais. Por isso, manter estratégias de organização da rotina diária pode ser importante para prevenir o quadro.
“Uma alimentação variada, com alimentos diferenciados, oferece nutrientes benéficos para a saúde física e mental, sendo uma aliada para evitar o Burnout. Vale lembrar que, quando pensamos em uma alimentação saudável e balanceada, a variedade, o tipo e a quantidade dos alimentos consumidos fazem toda a diferença, por isso é importante ter um planejamento para que as escolhas alimentares sejam melhores”, explica Maria Cláudia.
Para ajudar nessa organização, evitar o desperdício de alimentos e otimizar o tempo, o especialista cita sete dicas para planejar refeições contra o Burnout:
– Planeje todas as refeições, não apenas o almoço e o jantar, inclusive as que você irá preparar em casa, as que você irá pedir e, se possível, as idas a restaurantes
– Evite o consumo de alimentos ultraprocessados, como macarrão instantâneo, carnes processadas, refeições congeladas e sopas ricas em aditivos, biscoitos recheados, entre outros
– Priorizar alimentos in natura ou minimamente processados, como frutas, verduras, grãos, sementes, carnes, ovos, leite
– Procure compor as refeições com alimentos diferentes, possibilitando uma oferta mais variada de alimentos e, consequentemente, de nutrientes
– Inclua dias dedicados às compras de supermercado na sua rotina
– Caso não consiga fazer compras com maior frequência, planeje suas refeições colocando alimentos que estragam rapidamente nos primeiros dias, como alface, rúcula, morango, banana, uva e melão
– Use e abuse de produtos disponíveis no mercado que podem facilitar o seu dia a dia no preparo dos alimentos, como: legumes já higienizados, descascados e até cortados; carnes já limpas, cortadas e até prontas, como frango e carnes desfiadas; legumes congelados; alimentos enlatados e/ou cozidos, como tomate pelado, grão de bico, feijão e legumes
A nutricionista afirma que, embora o Burnout seja uma síndrome complexa, uma alimentação saudável e equilibrada pode ser uma ferramenta essencial para lidar com os desafios deste estresse crônico.
“O cuidado com a alimentação vai além de uma simples escolha alimentar, mas contribui para um corpo mais forte, uma mente mais saudável e uma vida mais equilibrada. A prevenção começa com pequenas mudanças que, quando somadas, podem transformar a sua relação com a saúde física e mental.”
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