Sete condutas essenciais para quem tem diabetes – Jornal Estado de Minas

Sete condutas essenciais para quem tem diabetes – Jornal Estado de Minas



Os pacientes diabéticos enfrentam desafios relacionados à alimentação, ao sono, ao bem-estar, algumas complicações com a progressão da doença, entre diversas restrições e dificuldades. Para essas pessoas é importante conhecer o quadro, o metabolismo da doença, cuidados e uma rotina de hábitos bem específicos para controlar sua progressão e também melhorar sua qualidade de vida.

Nutricionista clínica e mentora de vida saudável Jhenevieve Cruvinel, lista sete comportamentos e diretrizes fundamentais para pacientes com diabetes:

– Monitoramento regular da glicemia: É muito importante que isso seja feito para que os pacientes possam monitorar diariamente os níveis de açúcar no sangue e ajustar a dieta e a medicação de forma eficaz, evitando picos tanto de hiperglicemia quanto de hipoglicemia.

– Mudança nos hábitos alimentares: ter uma dieta baseada em minerais, vitaminas e fibras. Para isso, é preciso priorizar alimentos naturais e de baixo índice glicêmico, como verduras, grãos integrais, legumes e frutas, que possuem menos açúcar. Isso ajuda a estabilizar os níveis de glicose e evita esses picos de açúcar no sangue.

Alguns desses alimentos, excepcionais para diabetes, são a aveia, que possui uma substância chamada beta glucana, que ajuda a controlar a glicose e reduz o colesterol; além da batata doce e da batata yacon, que ajudam muito na regulação da glicemia; e leguminosas como feijão, lentilha, grão de bico, excelentes fontes de fibras e alguns minerais, também possuem proteínas e apresentam baixíssimo índice glicêmico.

Gorduras boas, como coco e abacate, também reduzem a absorção de glicose e ajudam a regular o açúcar no sangue. Assim como as sementes de chia, a linhaça, que é rica em ômega 3 e também melhora a sensibilidade à insulina. As frutas com baixo índice glicêmico são acerola, maracujá, maçã, pera, frutas vermelhas, pêssego e nêspera.

Os vegetais verde-escuros são aliados, mas, dependendo da medicação, é preciso regular o consumo desses alimentos. São baixas em calorias e ricas em diversas vitaminas e fibras, que ajudam a controlar os níveis de açúcar no sangue, além do peixe, que também pode ajudar nesse processo.

Algumas substâncias como o resveratrol, por exemplo, podem ser prescritas para regular a inflamação e melhorar a função metabólica, beneficiando o controle da glicemia. Assim como cúrcuma, canela, gengibre, alho, cebola, que possuem substâncias anti-inflamatórias e também podem ajudar nesse processo. E as oleaginosas em pequenas quantidades também contêm gorduras saudáveis, fibras e minerais muito importantes para o controle glicêmico.

– Prática de exercícios: deve ser feito regularmente. Não importa muito qual atividade, mas de preferência atividades de baixo impacto, como caminhada, natação, musculação com supervisão de um profissional. São exercícios que ajudam a melhorar a sensibilidade à insulina nos receptores celulares. Isso influencia no controle e na manutenção da glicemia, além de prevenir a progressão da doença e complicações decorrentes do diabetes.

– Hidratação: ponto fundamental para um paciente diabético, que geralmente bebe pouca água. A hidratação é importante para regular a glicemia e prevenir complicações renais e cardiovasculares, muito comuns nesses pacientes.

– Preste atenção nas partes periféricas do corpo, principalmente nos pés: É necessário estar atento todos os dias ao aparecimento de eventuais feridas ou infecções, pois o diabetes pode afetar muito a circulação e a cicatrização. Esses pacientes geralmente demoram um pouco para perceber que há uma lesão.

– Controlar o estresse: preste atenção aos níveis que aumentam outros marcadores como cortisol, adrenalina e que podem desregular a glicemia. Portanto, promover práticas de bem-estar, seja meditação, ioga, tai chi, tentar aprender sobre respiração profunda, exercícios que mantenham o equilíbrio emocional, realizar suporte terapêutico, são atitudes que podem retardar a progressão da doença. Dormir bem também ajuda a regular esse estresse e é importante para a regulação hormonal do corpo. Quem dorme mal acaba favorecendo a resistência à insulina e piorando o estado de saúde.

– Redução ou não consumo de produtos industrializados e ultraprocessados: Todos esses alimentos contêm adição de açúcares e gorduras, o que favorece a complicação e a progressão da doença, mesmo que o paciente seja tratado e medicado. Então, é uma mudança de vida, uma mudança de hábito, uma mudança de olhar para a sua alimentação, para o seu autocuidado.

“É preciso ressignificar, acompanhamento profissional regular com médico, nutricionista, terapeuta, para que haja um equilíbrio emocional e físico, e essa doença não progrida, causando comorbidades muito graves”.

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