São vários os fatores que promovem o desenvolvimento das doenças cardiovasculares, principais causas de morte no mundo. O solidão É um deles, e é um grande problema: as pessoas que vivem nesta condição têm 30% mais probabilidade de morrer de causas cardíacas do que aquelas que vivem na comunidade. As informações são da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Um estudo internacional clássico coordenado pela Universidade de Miaminos EUA, também endossa a risco para a saúde que tanto a solidão quanto o isolamento acarretam. Segundo pesquisas, pessoas solitárias têm 26% mais chances de morrer precocemente quando comparadas a pessoas sociáveis. Aqueles que vivenciam o isolamento têm uma probabilidade 29% maior de morte prematura em comparação com aqueles que não estão isolados.
Vale lembrar que solidão e isolamento social São conceitos diferentes. A solidão é uma percepção subjetiva, uma desconexão ou falta de pertencimento que independe de estar sozinho ou acompanhado. O isolamento é a falta concreta de interação, seja com grupos específicos (família, trabalho, clube, grupo religioso…) ou com outras pessoas.
O resultado é que ambos impactam na mortalidade precoce e podem ser considerados em conjunto com outros fatores de risco cardiovascular, como tabagismo, hipertensão, diabetes e obesidade abdominal.
O estudo americano demonstrou que quem tem problemas de saúde pré-existentes está mais suscetível aos efeitos negativos promovidos pelo isolamento social. E a faixa etária abaixo de 65 anos está mais sujeita aos malefícios do isolamento.
Diante dessas evidências, o ideal é que os estados emocionais não sejam vistos como meras situações pessoais. Pelo contrário, devem ser vistos como uma questão de saúde pública. A OMS já reconhece o isolamento social como preocupante, pois afeta um em cada quatro adultos e entre 5 e 15% dos jovens no mundo.
No ano passado, a organização anunciou a criação de uma Comissão Internacional para a Conexão Social cujo objetivo é conscientizar sobre esta ameaça global, que exige a promoção de laços sociais como forma de prevenir este outro problema de saúde da população.
Pode parecer pouco, mas é muito: ao cuidar do lado emocional e espiritual, investindo em relações sociais positivas, inclusive no enfrentamento de situações adversas da vida, estamos contribuindo para frear o avanço de mecanismos que levam ao adoecimento cardiovascular, como como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral.
Estresse crônico, depressão, má qualidade do sono e insônia são exemplos de fatores de risco associados à ocorrência de doenças cardiovasculares decorrentes de um estado emocional abalado e prejudicado. E, independentemente dos benefícios para o organismo, investir no bem-estar das pessoas significa estruturar uma sociedade mais produtiva, cooperativa, socialmente ativa e feliz.
Ou seja, a outra pessoa é sempre importante! Até para nossos corações.
*Álvaro Avezum é cardiologista, chefe da Cardiologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (SP) e conselheiro científico da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo – SOCESP
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