Riscos à saúde: ondas de calor afetam o Brasil – Jornal Estado de Minas

As alterações climáticas intensificaram a frequência e a gravidade das ondas de calor, aumentando os riscos para a saúde, especialmente devido à deterioração da qualidade do ar. Nesses períodos, a falta de circulação do ar favorece o acúmulo de poluentes como o ozônio troposférico e partículas finas, que são prejudiciais.

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Depois do frio que derrubou as temperaturas abaixo de 10 graus em algumas áreas do Brasil, chega uma nova onda de calor. Em tempo seco, recomenda-se o uso de umidificadores e inaladores de ar. Esses dispositivos são essenciais para manter a umidade do ar em níveis saudáveis, melhorando a qualidade respiratória e protegendo a saúde.

“As variações repentinas de temperatura podem causar estresse ao organismo, exigindo adaptações rápidas que podem enfraquecer temporariamente a capacidade do sistema imunológico de responder a infecções. No frio, o corpo utiliza mais energia para se aquecer, o que, aliado à baixa umidade relativa, pode enfraquecer suas defesas. O calor intenso provoca estresse térmico, dificultando a regulação eficiente da temperatura corporal”, explica o médico de família e comunidade, especialista da Relaxmedic, Mauro Kioshi Tenorio Tojo.

Produtos que possam contribuir para o equilíbrio do ar mais qualificado dentro dos ambientes são úteis nesta fase, como umidificadores e inaladores, em casos de problemas respiratórios. O principal objetivo da inalação é tratar e prevenir doenças respiratórias como asma, bronquite, enfisema, pneumonia e outras condições que afetam os pulmões e as vias respiratórias.

Para Mauro, ao direcionar os medicamentos diretamente para os pulmões, a inalação proporciona uma ação rápida e eficaz, aliviando os sintomas respiratórios e promovendo a recuperação da função pulmonar.

“Além de tratar doenças respiratórias, a inalação também pode ser utilizada para ajudar a umedecer as vias aéreas, aliviar a congestão nasal e facilitar a eliminação de muco e secreções, principalmente durante resfriados, gripes e outras infecções respiratórias. Também é útil como preventivo, pois manter o trato respiratório úmido é essencial para proteger a mucosa respiratória contra ressecamento e microfissuras que facilitam a entrada de vírus.”

O especialista lista algumas recomendações:

– Monitorizar a qualidade do ar e verificar frequentemente o Índice de Qualidade do Ar (IQA). Quando os níveis de poluição são elevados, é aconselhável ficar em casa. Se precisar sair, evite áreas de tráfego intenso.

– Evitar a atividade física ao ar livre e limitar o exercício ao ar livre em dias de elevada poluição, pois o esforço físico aumenta a inalação de poluentes. Escolha atividades em ambientes fechados ou em horários em que o ar esteja mais limpo.

– Mantenha-se fresco e hidratado durante as ondas de calor, use ventiladores ou ar condicionado para se refrescar e beba bastante água. Caso esses recursos não estejam disponíveis, procure espaços públicos climatizados.

– Melhorar a qualidade do ar interior. Use purificadores de ar e mantenha portas e janelas fechadas quando a qualidade do ar externo estiver comprometida para evitar a entrada de poluentes.

“O nariz é a porta de entrada do ar que respiramos e é responsável pela defesa do trato respiratório. O ideal é hidratar constantemente o nariz para evitar que ele resseque, usando um umidificador ou soro fisiológico, que não tem efeitos colaterais e É muito eficaz. O sérum auxilia não só na limpeza e hidratação do nariz, mas também na prevenção de resfriados, gripes, crises de rinite e até sangramentos”, ensina a especialista.