Dos 34,8 milhões de brasileiros que vivem nas capitais do país, apenas 54% praticam atividades físicas regularmente. É isso que a mais recente pesquisa de vigitels, do Ministério da Saúde, mostra, dividida e agora disponibilizada pelo Observatório de Saúde Pública (OSP), da Umane, uma organização da sociedade civil que promove ações e discussões sobre políticas de saúde no Brasil.
A análise mostra que houve um aumento na prática nas capitais desde o início da pesquisa. Em 2016, menos da metade deste contingente (49,9%) fez alguns exercício. Em 2023, o índice, felizmente, mudou -se.
Para mover seus corpos nas capitais, um em cada cinco cidadãos escolhe caminhada (19,4%). Outros 18% fazem treinamento com pesos, natação, tênis ou ciclismo. Entre outras atividades, 4,6% são dedicados à dança e à ginástica; 4% jogam futebol, basquete ou vôlei e 3,2% de corrida. Menos de 1% prática de luta ou artes marciais e 4% preferem outros esportes.
O envolvimento entre homens e mulheres é semelhante, mas há disparidades entre os profissionais ao avaliar a educação. Entre os que estudaram por 12 anos ou mais, 67%, enquanto entre os que estudam por até oito anos, apenas 40,6% se movem regularmente.
No topo do pódio … e na lanterna
A capital mais ativa no Brasil é Florianópolis, com 65,3% da população participando de algum exercício. A cidade de Santa Catarina é seguida por Vitória (ES), com 64,5%, e o Distrito Federal, com 63,1%.
Nos últimos lugares estão Teresina (PI), com apenas 51,3% da população ativa, e Salvador (BA) e São Paulo (SP), empatados com 51,1%. A capital de São Paulo tem uma população de 4,34 milhões de pessoas sedentárias.
A classificação das cidades mais e menos ativas fisicamente ativas
Abaixo, confira a lista completa de capitais com a maior porcentagem de população ativa:
- Florianópolis (SC) – 65,3%
- VITÓRIA (ES) – 64,5%
- Distrito Federal (DF) – 63,1%
- Palmas (para) – 61,8%
- Boa Vista (RR) – 61,3%
- Curitiba (PR) – 60,8%
- Campo Grande (MS) – 60,2%
- PORTO VELHO (RO) – 59,8%
- Macapá (AP) – 58,8%
- Aracaju (SE) – 57,5%
- João Pessoa (PB) – 57%
- Porto Alegre (RS) – 56,7%
- Fortaleza (CE) – 55,7%
- Goiânia (GO) – 55,5%
- Belo Horizonte (MG) – 55,4%
- Maceió (Al) – 55%
- Natal (RN) – 54,7%
- São Luís (MA) – 54,6%
- Belém (PA) – 54,3%
- Manaus (AM) – 53,9%
- Recife (PE) – 53,4%
- Cuiabá (MT) – 53,1%
- Rio de Janeiro (RJ) – 52,5%
- Rio Branco (AC) – 51,4%
- Teresina (PI) – 51,3%
- Salvador (BA) – 51,1%
- São Paulo (SP) – 51,1%
O estímulo depende do planejamento urbano
De acordo com a análise da Uname, além da conscientização e iniciativa individual, o exercício regular também depende de infraestrutura e planejamento urbano.
“Os governos municipais têm um papel estratégico na promoção da atividade física entre suas populações, e esse esforço deve ser visto como uma prioridade em termos de saúde pública”, argumenta Thais Junqueira, superintendente geral da organização.
Para o especialista em administração pública, o estímulo deve ser cultivado desde a educação escolar e a solução envolve mudanças estruturais nas cidades, como a construção de espaços de coexistência e melhorias na iluminação pública e na limpeza urbana.
“Isso inclui a criação e expansão de parques, praças, ciclovias, trilhas para caminhada e academias ao ar livre, além de garantir que esses espaços sejam seguros e acessíveis para pessoas, inclusive em regiões periféricas”, diz Junqueira.
De fato, combater um estilo de vida sedentário é uma questão de saúde pública. A inatividade física está relacionada a um risco maior de desenvolver doenças crônicas, como diabetes tipo 2, problemas cardiovasculares, demência e até alguns tipos de câncer.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, os adultos devem praticar pelo menos 150 minutos de atividade física de frequência moderada ou 75 minutos de exercício de intensidade vigorosa por semana.
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