Há alguns anos, a revista americana Allure baniu o termo antienvelhecimento de suas reportagens. Este ano, o filme A substância retoma a crítica: afinal, por que não queremos envelhecer? “Sempre critiquei o termo antienvelhecimento. Como cirurgião plástico, minha filosofia no consultório é fazer com que o paciente se sinta bem consigo mesmo. Se ele me disser que está envelhecendo, eu digo: ‘Bom! E se tudo der certo será muito mais’”, afirma a cirurgiã plástica, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Beatriz Lassance.
Claro, o medo de envelhecer é válido. “Vivemos num ciclo, como qualquer ser vivo, que um dia vai acabar. As rugas, a mudança contínua e gradual da nossa fisionomia no espelho nos lembram disso todos os dias. Mas o termo antienvelhecimento reitera esse medo como uma expressão cruel”, afirma a médica.
“Podemos falar de antibióticos que atacam bactérias, de contraceptivos que previnem a gravidez, de anti-mofo, de anti-mosquitos, de anti-derrapantes… Mas o anti-envelhecimento está errado. O envelhecimento não é uma doença, é um fato e não há como ir contra”, explica.
As técnicas cirúrgicas, segundo a médica, estão cada vez mais evoluindo, buscando a aparência natural do rosto. “Um paciente bem operado não parece ter feito a cirurgia, parece mais descansado, mais feliz. O que importa é agir e interferir em favor do envelhecimento”, explica.
O cirurgião plástico reforça que envelhecer também faz bem. “Algumas comunidades na Ásia vêem os seus idosos com respeito, pois são símbolos de sabedoria, consultores, e as suas rugas são motivo de orgulho. No mundo ocidental, beleza é sinônimo de juventude, as capas de revistas apresentam jovens, rostos sem sombra de rugas, magros, maquiados e sem falar no Photoshop. Quadril, barriga, rugas, tudo é doença, tem que ser tratada a qualquer custo”, explica.
“Sempre há frustração, mas inexoravelmente o corpo muda, aparecem rugas, o rosto não é o mesmo dos 15 anos. A vida também não é a mesma. Trabalho, filhos, contas a pagar, nada disso existia aos 18 anos. Tudo mudou. A responsabilidade aumentou e a sabedoria também. A ação dos músculos que se contraíram a cada sorriso, ao longo de todos estes anos, irá obviamente marcar a pele e produzir rugas. Ainda bem, porque a melhor e mais eficaz forma de não ter rugas é não sorrir, não chorar, não se surpreender. Não viver”, diz o médico.
O envelhecimento também traz lembranças, destaca o médico. “Eles nos deixam felizes quando olhamos para trás e analisamos o que já aconteceu. Tudo isso agrega valor a quem somos hoje. Como cirurgião plástico, aconselho sempre a prevenção. Bons hábitos de vida, uso de protetor solar, tudo isso é fundamental. E se o paciente precisar, a cirurgia plástica pode ajudar. Mas não é função dela devolver a cara de 30 anos ao paciente que hoje tem 60. Se ela tentar, cometerá um erro. Vai transformá-la em alguém diferente, plástico, não tão humano”, explica.
O lifting facial em si hoje é diferente, segundo a especialista. “Novas técnicas, como o plano profundo, também passam a atuar nos músculos e ligamentos, reposicionando-os para proporcionar um efeito mais natural. Os tratamentos de medicina regenerativa também ajudam. Se tudo correr bem, viveremos mais e melhor. E preocupações estéticas exageradas darão lugar ao orgulho de sermos quem somos.”
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