Prevenção de doenças infecciosas no verão: como proteger sua família – Jornal Estado de Minas

Prevenção de doenças infecciosas no verão: como proteger sua família – Jornal Estado de Minas



O verão, época de altas temperaturas e ideal para atividades ao ar livre, é também um período que favorece a propagação de doenças infecciosas. As condições quentes e húmidas da estação criam o ambiente perfeito para o desenvolvimento de vírus, bactérias e fungos, aumentando os riscos para crianças e adultos.

Segundo a infectologista, membro do núcleo de infectologia do Hospital Sírio-Libanês e membro dos comitês de infectologia, Jéssica Ramos, as infecções gastrointestinais são comuns no verão. São causadas principalmente pela ingestão de alimentos ou água contaminados por microrganismos.

Fique de olho no que você come

“Os sintomas dessas doenças geralmente incluem cólicas abdominais, diarréia, náusea, vômito e febre. O tratamento varia de acordo com o agente causador, mas pode incluir hidratação oral para repor líquidos perdidos, além de medicamentos para controle dos sintomas, como antieméticos e antidiarreicos, e, em casos mais graves, uso de antibióticos ou antivirais”, explica o especialista . .

Jéssica reforça que a prevenção é fundamental, e ressalta a importância de lavar as mãos com frequência, evitar alimentos de origem duvidosa, dar preferência aos alimentos bem cozidos e priorizar a água potável.

Insetos e doenças

Durante o verão, as picadas de mosquito Aedes aegypti pode transmitir doenças como dengue e chikungunya. A dengue causa febre alta, dores no corpo e manchas vermelhas, enquanto a chikungunya causa febre e dores intensas nas articulações. Como não existe tratamento antiviral específico, o foco deve estar na prevenção.

“Prevenir a picada do mosquito é fundamental para evitar essas doenças. Repelentes, roupas adequadas e eliminação de criadouros são medidas simples, mas eficazes. Além disso, no caso da dengue, temos a vacina disponível na rede pública de saúde para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos e na rede privada, indicado para pessoas de quatro a 60 anos”, destaca Jéssica.

Biquíni molhado e suor

As infecções fúngicas também são comuns no verão, principalmente devido ao aumento da transpiração causada pelo calor intenso e pelo uso prolongado de biquínis e sungas molhados. Essas situações favorecem a proliferação de fungos, que podem causar infecções na pele, unhas e mucosas.

“Os sintomas incluem coceira, vermelhidão, bolhas e descamação e o tratamento envolve o uso de antifúngicos tópicos ou orais que só podem ser recomendados após avaliação médica. Por isso, é importante tentar manter a pele limpa e seca, evitando roupas apertadas que dificultem a ventilação, não usar roupas úmidas por muito tempo e não compartilhar itens pessoais, como toalhas e roupas, para evitar o contágio”, explica o especialista.

Alerta

Sintomas como febre alta, vômitos, diarreia persistente ou irritação grave da pele não devem ser ignorados, pois podem indicar doenças que requerem atenção médica imediata. Jéssica ressalta a importância de procurar atendimento médico o mais rápido possível ao perceber esses sintomas.

“Com prevenção, atenção e cuidados básicos de higiene é possível transformar o verão em um período de diversão e bem-estar para toda a família, sem colocar a saúde em risco”, ressalta o infectologista.

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