População LGBTQIAP+ tem risco maior de desenvolver…

Pessoas que fazem parte da comunidade LGBTQIAP+ pode ter maior risco de desenvolver demência, acidente vascular cerebral e depressão na velhice em comparação com pessoas cisgênero e heterossexuais, conforme indicado por um novo estudo publicado na revista Neurologiada Academia Americana de Neurologia. Os pesquisadores analisaram dados de mais de 390 mil pessoas e descobriu que esta população apresenta 15% mais probabilidade de ter problemas de saúde cerebral. Mesmo levando em consideração variáveis ​​como idade, tabagismo e hipertensão, o risco permaneceu elevado nesse grupo.

De acordo com os dados, as pessoas que pertencem a minorias sexuais e de género têm 14% mais probabilidade de desenvolver demência e 27% mais probabilidade de sofrer de depressão na velhiceem comparação com pessoas cisgênero e heterossexuais. O estudo também identificou que Mulheres transexuais têm 68% mais probabilidade de sofrer um acidente vascular cerebral do que as pessoas cisgênero, o que não foi observado em outros grupos da comunidade LGBTQ+.

Discriminação e desigualdades no sistema de saúde

Os autores da pesquisa enfatizaram a importância de mais estudos focados nas disparidades no acesso aos cuidados de saúde da população LGBTQ+. Fatores como preconceito por parte dos profissionais médicos e a discriminação, podem afastar estes pacientes dos cuidados e tratamentos preventivos, agravando os riscos de doenças como a demência e a depressão.

Um dos pesquisadores, Dr. Shufan Huo, da Escola de Medicina da Universidade de Yale, destacou em nota que Esta população tem sido sub-representada na pesquisa neurológica e que é preocupante como pouco se sabe sobre as desigualdades que enfrenta.

Além das questões mencionadas, as possíveis razões para estas disparidades incluem medo e estresse crônico causado por fatores políticos, como legislação anti-LGBT e crimes de ódio. Embora o estudo tenha destacado associações importantes, as causas exatas dessas diferenças não foram exploradas, deixando espaço para investigações adicionais.

Os pesquisadores enfatizam a necessidade de garantir um abordagem mais inclusiva aos cuidados de saúdeconsiderando as especificidades desta população. Acesso a hábitos saudáveismedidas de redução do estresse e adoção de ações preventivas, como parar de fumar e manter relacionamentos positivos, são importantes para proteger a saúde mental e neurológica de todos.