Pesquisa aponta que 60% dos meninos não tem referência positiva de homens – Jornal Estado de Minas

Pesquisa aponta que 60% dos meninos não tem referência positiva de homens – Jornal Estado de Minas



Uma pesquisa intitulada Meninos: Sonhando com os homens do futuro revelou que 6 em cada 10 meninos não possuem uma referência positiva à masculinidade. O estudo nacional realizado pelo Instituto PDH e PapodeHomem, viabilizado pela Natura e com apoio do Pacto Global da ONU no Brasil, entrevistou mais de 4 mil adolescentes e traz à tona insights preocupantes sobre a percepção dos jovens sobre o desenvolvimento masculino.

O fundador do Instituto PDH e idealizador da pesquisa, Guilherme N. Valadares, destaca que “é muito difícil ser o que não podemos ver. É por isso que é tão importante que os meninos passem tempo com homens que assumem a responsabilidade de serem exemplos de masculinidade mais responsável e consciente.”

Ao associar os dados à falta de certeza sobre ser amado pelo pai, outro dado estudado na pesquisa, Marlon Nascimento, psicólogo clínico e social especializado no atendimento de homens e jovens negros e periféricos, aponta que em grande parte dos jovens entrevistados, a incerteza de ser amado e a falta de referências acaba gerando grande angústia.

“Se focarmos nos meninos negros, que já carecem de referências, pois seu pai é diretamente impactado por diversos aspectos sociais, inclusive a violência, vemos a complexidade do debate na dimensão étnico-racial. Isso só reforça a necessidade de políticas públicas específicas para esse público”, afirma a psicóloga.

A diretora global de perfumaria da Natura, Cláudia Pinheiro, destaca que a pesquisa é importante para construir referências positivas para os meninos. “A Natura é uma marca que sempre acreditou e levantou questões importantes para a sociedade. A viabilização deste projeto permite traçar um perfil aprofundado dos meninos de hoje e suas perspectivas para o amanhã, identificando suas dores e sonhos. E a partir disso pensar e colaborar fortemente no desenvolvimento de cada indivíduo, além de ajudá-los a se tornarem adultos conscientes de suas atitudes”, reforça o executivo.

O estudo revelou ainda que 6 em cada 10 responsáveis ​​por meninos entre 13 e 17 anos gostariam que seus filhos aprendessem sobre cuidados estéticos, índice que se alinha ao interesse dos próprios meninos. Os meninos das escolas públicas demonstraram maior interesse (63%) em aprender sobre estética e beleza em comparação aos das escolas privadas (56%), quebrando estereótipos de gênero e indicando que os jovens da Geração Z se preocupam significativamente com os cuidados estéticos.

“Percebemos que os meninos entendem que existem outras possibilidades de ser homem, mas não conseguem encontrar ao seu redor homens que possam inspirá-los nesse caminho. Com poucas referências positivas, acabamos perdendo esses meninos para performances de masculinidade marcadas pela violência e pelo poder sobre meninas e mulheres. Os meninos estão nos dizendo que querem ser homens melhores no futuro. Mas o que vamos fazer para garantir isso?”, comenta Viviana Santiago, consultora estratégica do projeto.

Iniciado em janeiro de 2023, o projeto Meninos: Sonhando com os Homens do Futuro Engloba pesquisas, documentários e currículo para escolas e espaços esportivos. Desenvolvido com apoio institucional do Pacto Global da ONU no Brasil, o projeto foi apresentado na 68ª Sessão da Comissão sobre a Situação da Mulher, em Nova York. Aplicada entre agosto e outubro de 2023, a pesquisa ouviu 4 mil meninos de 13 a 17 anos, além de meninas e responsáveis, para traçar um cenário mais próximo da realidade dos meninos.



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