Uma parceria entre uma healthtech e uma empresa especializada em atendimento pré-cirúrgico implementará um método inovador para oferecer ao tratamento de anemia aos pacientes que serão submetidos a cirurgia pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a partir deste mês. A iniciativa visa reduzir as complicações cirúrgicas relacionadas ao problema, causadas pela quantidade insuficiente de hemácias (hemácias) saudáveis no sangue e deve beneficiar milhares de brasileiros que se submetem a cirurgias na rede pública.
O projeto de Nilo e do Instituto Takaoka utiliza a reposição de ferro no contexto do Patient Blood Management (PBM), uma abordagem que otimiza o atendimento ao paciente. pacientes que necessitam de transfusões de sangue, algo que contribui não só para uma redução significativa das transfusões, mas para permitir menores tempos de hospitalização e mortalidade.
Ao contrário do que ocorre em muitos hospitais brasileiros, onde o manejo da anemia pré-cirúrgica não é feito de forma coordenada, o novo tratamento no SUS estabelece um processo estruturado e eficiente. A estratégia envolve aplicação de questionário e pré-cuidados antes das cirurgias para identificar e tratar a anemia.
Como é realizado o tratamento
O tratamento consiste na administração ferro pacientes anêmicos antes de suas cirurgias. A deficiência de ferro pode aumentar significativamente o risco de complicações durante e após procedimentos cirúrgicos. Pacientes que são operados com falta do mineral têm maior chance de desenvolver complicações.
A correção da anemia pré-operatória não melhora apenas os resultados cirúrgicos e a recuperação do paciente. “Essa combinação torna mais eficiente o uso dos recursos de saúde, reduzindo custos”, explica, em comunicado, Flavio Takaoka, presidente do Instituto Takaoka de Educação e Inovação, parceiro tecnológico do projeto.
Espera-se que o sucesso deste projeto no SUS possa servir de modelo para outras instituições de saúde no Brasil e internacionalmente. “Este projeto é um exemplo claro de como a inovação pode transformar a saúde, proporcionando cuidados mais seguros e eficientes para todos”, destaca Daniel Christiano, diretor de Estratégia de Vendas da Nilo.
Anemia: um desafio persistente de saúde pública
Anemia, uma condição na qual o sangue não contém glóbulos vermelhos saudáveis suficientes, afeta aproximadamente 30% da população mundialsegundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, a anemia ferropriva é a mais prevalente, impactando significativamente crianças, mulheres grávidas e mulheres em idade reprodutiva. Segundo o Ministério da Saúde, 20,9% das crianças até 5 anos e 29,4% das mulheres brasileiras são afetadas por essa condição.
A anemia pode ser causada por deficiências nutricionais, alterações hereditárias, doenças que afetam a medula óssea ou perda de sangue. Especificamente, a anemia por deficiência de ferro resulta de uma dieta pobre em ferro, gravidez, práticas inadequadas de gestão do parto e más condições sanitárias.
Os sintomas variam de palidez e fadiga com batimentos cardíacos acelerados e dificuldades de aprendizagem em crianças. O diagnóstico é feito através de exames laboratoriais e o tratamento pode incluir suplementos ricos em ferro, vitamina B12 ou transfusões de sangue.
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