“Não vou parar”. Com a voz embargada, é assim que a cantora Céline Dion, 56, fala sobre as dificuldades que enfrentou após ser diagnosticada com uma síndrome neurológica rara e incurável, em 2022, no documentário “Eu sou: Céline Dion”, que estreou na última terça-feira ( 25).
A síndrome da pessoa rígida obrigou o canadense, voz de sucessos como “My Heart Will Go On”, da trilha sonora de Titanic (1997), a ficar longe dos palcos. A doença neurológica faz com que os músculos fiquem rígidos, além de causar espasmos musculares e dores. A cantora foi diagnosticada com a síndrome em dezembro de 2022. Na época, ela disse que iria adiar as datas da turnê em que estava. Cinco meses depois, em maio de 2023, ela cancelou todas as datas restantes da turnê.
No filme, a artista – que já vendeu mais de 250 milhões de álbuns ao longo da carreira – afirma que está “trabalhando muito” para voltar aos palcos. “Sinto muita falta disso. Das pessoas. Sinto falta delas”, diz Céline.
Para entender melhor o quadro enfrentado por Céline Dion, o SBT News conversou com o neurologista Lucio Huebra, neurologista do Hospital Sírio-Libanês.
Segundo o especialista, a síndrome da pessoa rígida é uma doença autoimune muito rara, que atinge cerca de uma a duas pessoas para cada milhão de habitantes. Seu início geralmente ocorre entre 30 e 50 anos, sendo as mulheres duas vezes mais afetadas.
“Os anticorpos são produzidos de forma inadequada pelo organismo e atacam uma enzima chamada GAD, que reduz a produção de um neurotransmissor essencial para o relaxamento muscular”, informa o neurologista. Com o enrijecimento dos músculos, principalmente do tronco e dos membros, os pacientes passam a ter dificuldade para caminhar, além de sentirem espasmos musculares e dores.
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A doença é crônica e incurável, explica o médico Lúcio. Porém, tratamentos como a infusão de imunoglobulinas e o uso de medicamentos imunomoduladores garantem a melhora dos sintomas e previnem a progressão da síndrome. “Além disso, diversos outros medicamentos são utilizados para melhorar a qualidade de vida e o conforto do paciente, aliviando rigidez muscular, dores e espasmos”, afirma o neurologista.
No documentário, a cantora – vencedora de cinco Grammys – revela que sente falta do contato com o público e de subir ao palco para cantar. “Ainda não consigo usar a voz”, revela Céline.
Segundo o médico Lucio Huebra, isso acontece porque a síndrome do Stiff Person provoca o enrijecimento da caixa torácica, dificultando os movimentos respiratórios importantes para a produção da voz.
“Os pacientes também apresentam espasmos frequentes desse músculo, o que também pode atrapalhar o controle do ar durante a vocalização”, afirma o neurologista.
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