O que causa a desnutrição? Condição pode ser fatal – Jornal Estado de Minas

O que causa a desnutrição? Condição pode ser fatal – Jornal Estado de Minas



A obesidade não é o único desafio relacionado à alimentação no Brasil. Em 2022, o país registrou 2.754 internações de bebês menores de um ano por desnutrição, suas consequências e deficiências nutricionais, segundo o Observatório de Saúde Infantil (Observa Infância), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Casos como o do menino de sete anos de Belo Horizonte que morreu suspeito de desnutrição, na última sexta-feira (7), trazem à tona o descaso nos cuidados básicos ligados ao estado nutricional da população infanto-juvenil.

A desnutrição é uma condição grave resultante da deficiência de um ou mais nutrientes essenciais, resultando em queda acentuada na curva de peso ideal para o desenvolvimento da criança. Porém, muitos casos podem ser evitados com acompanhamento médico adequado nos primeiros anos de vida.

O médico Rodrigo Neves, pós-graduado em nutrição e endocrinologia, explica que a diferença entre a desnutrição em crianças e adultos é que, nos primeiros, o crescimento físico e cognitivo é severamente impactado, além de as crianças terem maior risco de consequências adversas. longo prazo, como atrasos no desenvolvimento. Em adultos, ele afirma que o quadro pode levar à perda de massa muscular e comprometimento funcional de alguns órgãos, sendo que, em ambas as idades, a intervenção precoce é fundamental para minimizar danos permanentes.

O pediatra Silmar Rates, professor de medicina da Faculdade de Saúde e Ecologia Humana (Faseh), reitera que o quadro pode comprometer o crescimento da criança e que é perceptível o desânimo característico da desnutrição infantil. “Mas, mais do que isso, pode levar ao enfraquecimento do sistema imunológico, causando e agravando doenças como doenças respiratórias e diarreicas”, alerta.

Causas

A condição ocorre quando há deficiência de nutrientes essenciais no organismo da criança, o que pode ocorrer devido à privação de alimentos extremamente necessários para o bom crescimento e desenvolvimento, tanto físico quanto neurológico, das crianças. “O desmame precoce, aliado ao uso incorreto dos alimentos, leva à privação de vitaminas, minerais, proteínas e outros micronutrientes essenciais para o crescimento adequado do organismo”, enfatiza Silmar.

Nos adultos, Rodrigo reitera que a ingestão alimentar inadequada, consequência de má alimentação ou dietas restritivas, é uma causa comum. Mas doenças crónicas como o cancro, a diabetes e o VIH/SIDA também são causas da doença. Outros motivos incluem:

  • Transtornos alimentares: anorexia nervosa, bulimia
  • Problemas digestivos e má absorção: como doença celíaca e doença de Crohn
  • Condições socioeconómicas: pobreza e falta de recursos

“É importante mencionar que o mau hábito de não higienizar adequadamente os alimentos ou as mãos antes de manuseá-los também é uma causa, assim como consumir água de qualidade duvidosa, o que pode levar à incidência de infecções repetidas, como parasitas e doenças diarreicas . ”, destaca Silmar.

A pediatra revela que os especialistas seguem a classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que leva em consideração as curvas de crescimento. A condição pode ser classificada em:

  • Agudo: quando algum efeito imediato e de curto prazo
  • Crônico: quando o processo ocorre de forma gradual e gradual
  • Grave: quando a vida do indivíduo está em risco

Leia também: A saúde cerebral dos bebês também depende do consumo de alimentos com fibras

“A desnutrição tem cura, mas a reversibilidade depende do estágio e da duração”, explica Rodrigo, acrescentando que são necessárias intervenções nutricionais e médicas para reverter os efeitos nos estágios inicial e moderado. Em estágios avançados, podem ocorrer danos permanentes, mas a intervenção pode melhorar a qualidade de vida.

Prevenção

Não basta comer qualquer tipo de alimento; É necessária uma dieta equilibrada e rica em nutrientes essenciais, além de suplementação de vitaminas e minerais e tratamento de condições médicas subjacentes. “A educação alimentar e o acesso a alimentos nutritivos também são igualmente importantes”, afirma Rodrigo.

“Vale destacar que as Unidades Básicas de Saúde (UBS) estão equipadas com ferramentas que auxiliam o médico de saúde da família na avaliação dessas crianças”, afirma a pediatra, destacando que os profissionais seguem as métricas das curvas de crescimento da OMS, que são gráficos nos quais colocamos medidas de perímetro cefálico por idade, peso por idade, altura por idade e índice de massa corporal (IMC) por idade, realizando acompanhamento e acompanhamento longitudinal dessas crianças.

É através dessas curvas que o profissional interpreta e vê a necessidade de intervenção, talvez realizando exames para quantificar a concentração de nutrientes essenciais, como ferro, vitamina B12, fósforo, etc., no organismo.

“A amamentação é de grande importância como prevenção, principalmente na população de baixa renda, pois [amamentação] fornece todos os nutrientes necessários para a criança até os seis meses”, enfatiza Silmar. Após esse período, são introduzidos alimentos complementares, como carnes e vegetais.

*Estagiário sob supervisão da editora Ellen Cristie.



empréstimo sobre a rmc o que é isso

empréstimos de banco

banco para pegar empréstimo

simulação emprestimo aposentado inss

empréstimo brasilia

empréstimo consignado para bpc loas

taxa de empréstimo consignado

simular empréstimo cnpj

Bali specialty coffee - cafés de especialidad, tés e infusiones naturales.