O ácido hialurônico de preenchimentos realmente é absorvido pelo organismo? – Jornal Estado de Minas

O ácido hialurônico de preenchimentos realmente é absorvido pelo organismo? – Jornal Estado de Minas



Diversos relatos na internet indicam que alguns pacientes que tinham preenchimento de ácido hialurônico no rosto permaneceram com a substância no rosto, apesar das advertências médicas reforçando que o produto é absorvido pelo organismo. “Anteriormente, acreditava-se que a duração do ácido hialurônico nas áreas de tratamento era de aproximadamente nove a 18 meses. Na última década, o uso do ultrassom para avaliação desses pacientes passou a identificar a presença de produtos mesmo naqueles que já haviam realizado procedimentos há mais de dois anos e, em alguns casos, cinco anos”, explica o dermatologista, integrante do Sociedade Brasileira de Dermatologia, Renato Soriani.

“Isso ocorre com relativa frequência. Algumas pessoas apresentam edema palpebral após terem preenchido o rosto há dez a 12 anos com ácido hialurônico e ainda apresentam pequenas quantidades. Principalmente no meio do rosto e ao redor dos olhos, o preenchimento parece durar muito mais tempo do que esperávamos inicialmente”, acrescenta a médica Cláudia Merlo.

Apesar disso, a maior duração do produto em alguns indivíduos não é uma regra, mas sim uma exceção, ressalta Renato. “No entanto, não se sabe a prevalência exata, pois depende de muitos fatores, inclusive da região da face em que o produto foi implantado”, afirma.

Em relação a esse aspecto, não há uma resposta definitiva sobre quanto tempo o produto realmente leva para ser absorvido. Primeiro porque nem todos os preenchimentos com ácido hialurônico são iguais, segundo a dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Paola Pomerantzeff. “Mas, quando falamos na necessidade de manter o procedimento após um ou dois anos, estamos nos referindo à duração do resultado estético e não à presença da substância no organismo. Na verdade, o ácido hialurônico pode levar muito mais de dois anos para ser totalmente absorvido pelo organismo”, explica Paola.

Portanto, o maior tempo de reabsorção não elimina a indicação de repetição do procedimento. “As pessoas continuam envelhecendo e esse comportamento de degradação do ácido hialurônico varia de acordo com cada indivíduo e região do rosto”, afirma Cláudia Merlo. “Mesmo que essa reabsorção seja mais lenta, perde-se o resultado estético do tratamento. Por isso, são necessárias sessões de manutenção”, explica Renato.

Essa maior permanência também não pode ser vista como efeito colateral, pois não há danos à pele desde que os preenchimentos sejam bem aplicados, segundo Cláudia Merlo. Porém, nada relacionado à perda da qualidade da pele. “Como o produto é biocompatível, se estiver bem posicionado não causará efeitos adversos adicionais”, argumenta Renato Soriani.

Caso haja desconforto estético com essa duração prolongada, podem ser realizadas aplicações de hialuronidase, uma espécie de antídoto do ácido hialurônico, embora a simples persistência prolongada do produto, sem desconforto estético ou funcional, não justifique seu uso. “Quando há uma hipercorreção podemos usar essa enzima chamada hialuronidase, que atua dissolvendo o ácido hialurônico”, explica o cirurgião plástico, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Beatriz Lassance. Mas é importante destacar que alguns estudos mostram que a substância não dissolve completamente o produto.

“Então, dependendo da quantidade de ácido hialurônico utilizado, podem ser necessárias algumas sessões. Além disso, nada é isento de riscos. A hialuronidase pode, em alguns casos, causar reação alérgica e até choque anafilático. Portanto, o ideal é realizar o preenchimento com moderação e estabelecendo limites para que não ocorra hipercorreção e não seja necessário o uso de hialuronidade”, afirma o cirurgião plástico, que acrescenta que a hialuronidase só tem eficácia na correção de procedimentos realizados com ácido . hialurônico. “Hoje ainda são utilizadas substâncias com efeitos permanentes, como o metacrilato. Por isso, é fundamental verificar com o médico qual substância será utilizada no procedimento”, alerta.

O risco de migração de preenchimento também é baixo. “As evidências sugerem que os preenchimentos dérmicos injetados por profissionais médicos devidamente qualificados e experientes resultam no menor grau de complicações e, como tal, a probabilidade de migração do preenchimento permanece relativamente baixa”, aponta Cláudia Merlo.

O maior problema ainda permanece na aplicação. “Na verdade, o problema é a presença do filler em locais, profundidades ou volumes errados. Isto está intimamente relacionado com a técnica de aplicação ou com a qualidade do produto. Por isso, recomendo sempre procurar um médico experiente, de sua confiança e que utilize produtos de boa procedência com o objetivo de oferecer segurança e resultados naturais aos seus pacientes”, explica Renato.

“Embora não proporcione mais efeitos estéticos visíveis, manter o ácido hialurônico no local por mais de dois anos pode ser benéfico, pois ajuda a reduzir a absorção de gordura do rosto e a estimular o colágeno, retardando assim o envelhecimento do rosto”, reforça Paula.

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