Novo sensor para monitorar pacientes com diabetes é lançado no Brasil

Novo sensor para monitorar pacientes com diabetes é lançado no Brasil



Com quem mora diabetes tipo 1uma doença autoimune que faz com que o pâncreas não produza o hormônio responsável pelo controle da glicose no corpo — a insulina — sabe da importância de fazer a coisa certa. monitoramento constante de glicose. A rotina inclui o uso de lancetas para picar os dedos, tarefa a ser realizada diversas vezes ao dia. Agora, os pacientes brasileiros terão uma nova geração de aparelhos que realizam avaliação contínua, com possibilidade de acionamento de alarmes, e leitura diretamente no celular.

O sensor que chegou ao país se chama FreeStyle Libre 2 Plus, da empresa Abbott, aparelho aplicado na parte posterior do braço e que tem autonomia de até 15 dias. À prova d’água, ele coleta dados em tempo real e produz relatórios, que podem ser encaminhados ao médico. O Brasil tinha outra versão da tecnologia, que também pode ser usado em casos de diabetes tipo 2desde 2016.

O objetivo do aparelho é monitorar as oscilações da glicemia e detectar picos, que podem indicar descompensação. Neste tipo de estado o paciente pode apresentar cetoacidoseuma condição que pode evoluir para um estágio grave de desidratação, levando à perda de consciência e que pode até deixar o paciente em coma.

“Ao oferecer dados de glicose em tempo real sem a necessidade de digitalização, a tecnologia de sensores simplifica o gerenciamento do diabetes, para que as pessoas possam desfrutar da liberdade de fazer as coisas que mais gostam por mais tempo”, afirma, em nota, Sandro Rodrigues, gerente geral da Divisão de Tratamento de Diabetes da Abbott no Brasil.

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Alarme para picos de açúcar no sangue

O modelo anterior do sensor, embora fosse considerado um avanço no monitoramento, ainda precisava ser escaneado para que a leitura fosse feita, algo que dependia do paciente. A nova versão tem Bluetooth e envia os dados sem precisar da etapa de digitalização.

“O aplicativo tem alarme para glicemia alta, glicemia baixa ou desconexão do aparelho, pois, quando estiver a mais de seis metros de distância, a pessoa tem que reconectar o sensor e escanear novamente. São três alarmes”, explica o endocrinologista João Salles, coordenador da disciplina de endocrinologia e metabolismo da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

Salles alerta que o diabetes é uma doença perigosa porque é silenciosa. “A glicemia pode estar alta ou baixa e o paciente não sente nada de diferente.” Portanto, é fundamental manter cuidados como praticar atividades físicas, seguir uma alimentação saudável, evitar doces e bebidas alcoólicas em excesso e tomar medicamentos.

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“Outro pilar é conhecer continuamente a própria glicemia, de preferência utilizando outra metodologia para controlar o diabetes. Hoje é a hemoglobina glicada a cada três meses, mas com o monitoramento contínuo ela está sendo substituída pelo ‘tempo na meta’, que é o tempo que o paciente fica entre 70 e 180 mg/dl. Esse valor é muito importante e deve ser de 70% do período em que se avalia a glicemia.”

Segundo a edição do Atlas da Federação Internacional de Diabetes que avaliou dados sobre diabetes tipo 1, do ano de 2022, 8,75 milhões de pessoas viviam com esta doença em todo o mundo, dos quais 1,52 milhões tinham menos de 20 anos.



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