Nova terapia para câncer de bexiga aumenta em 34% a chance de cura – Jornal Estado de Minas

Nova terapia para câncer de bexiga aumenta em 34% a chance de cura – Jornal Estado de Minas


A combinação de imunoterapia com quimioterapia antes e depois da cirurgia aumentou em 34% a probabilidade de cura do câncer de bexiga, segundo estudo global do qual o Brasil também participou. Além disso, o tratamento com o medicamento imunoterápico durvalumabe levou a uma redução de 32% no risco de recaída após o término do tratamento.

“Há cerca de 40 anos foi estabelecido que o câncer de bexiga não deveria ser operado diretamente. O paciente precisava primeiro fazer quimioterapia. Este é o primeiro estudo que mostrou que adicionar imunoterapia antes e depois da cirurgia traz melhores resultados, o que significa menor risco de retorno da doença e maior chance de cura”, afirma Ariel Kann, coordenador do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e coautor do estudo.

A pesquisa do Niágara foi realizada de novembro de 2018 a julho de 2021, com 1.063 pessoas que necessitaram de cirurgia. O artigo foi publicado na revista científica “The New England Journal of Medicine” no dia 15 deste mês.

Os participantes, de ambos os sexos, com 18 anos ou mais, são provenientes de 22 países da Europa, Ásia, América do Norte, Austrália e América do Sul. O Brasil foi representado por 30 pacientes, com idade entre 40 e 80 anos (idade média de 65 anos), atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Os 1.063 participantes foram divididos em dois grupos: um recebeu quimioterapia convencional e outro recebeu quimioterapia combinada com durvalumab. Segundo Kann, nesse grupo foram administradas quatro doses do medicamento junto com a quimioterapia três meses antes da cirurgia e oito doses após o procedimento.

A medicação estimula o sistema imunológico a reconhecer as células tumorais como inimigas. Como resultado, o corpo começa a atacá-los. A nova abordagem é voltada para pacientes com câncer de bexiga com invasão da camada muscular, sem metástase.

Segundo o especialista, os tumores que invadem a camada muscular da bexiga são sempre agressivos. Quando a doença é diagnosticada nesta fase, o paciente precisa ser tratado de forma mais radical, seja com cirurgia para retirada da bexiga ou com radioterapia. “Os resultados obtidos poderão levar a uma mudança na forma como os pacientes com câncer de bexiga serão tratados, com chance de cura e qualidade de vida”, afirma o coautor do estudo.

Os pacientes estudados continuarão em acompanhamento médico por pelo menos mais três anos. Eles passarão por consulta e tomografia semestralmente. O objetivo é verificar se a doença não retornará nesse período.

O durvalumabe, inicialmente indicado para o tratamento do câncer de pulmão, foi incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS) em maio deste ano. A combinação com quimioterapia ainda não foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Os tumores de bexiga são, na grande maioria, assintomáticos. Quando há sintomas iniciais, eles são leves:

  • Irritação
  • Dor
  • Queimando
  • Desconforto
  • Dificuldade em urinar
  • Fluxo de urina fraco
  • Micção frequente
  • Urgência para urinar, mesmo quando a bexiga não está cheia
  • O principal sinal: sangramento, que não pode ser esquecido

“Às vezes vemos pacientes procurando o serviço de saúde e os próprios médicos subestimam o sintoma, como se fosse uma pequena infecção, um cálculo renal e não fazem um exame, um ultrassom, uma tomografia para ver o que realmente é”, alertar o médico.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Sociedade Americana do Câncer, todos os anos, 614 mil pessoas são diagnosticadas com câncer de bexiga, o nono tipo mais comum. A doença é quatro vezes mais comum em homens do que em mulheres. O tabagismo e a exposição ocupacional a alguns produtos químicos são os principais fatores de risco.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), as estimativas para cada ano do triênio 2023-2025 são de que pouco mais de 11,3 mil pessoas serão diagnosticadas com câncer de bexiga no Brasil, sendo 7,8 mil homens e 3,5 mil mulheres.

Este projeto é uma parceria com a Umane, associação que apoia iniciativas de saúde pública.

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