Mutações de vírus Oropouche podem explicar casos d…

Mutações de vírus Oropouche podem explicar casos d…



Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e do laboratório Hermes Pardini/Grupo Fleury descobriram que o vírus causador Febre Oropouche sofreu mutações e que isso pode justificar a primeiras mortes pela doença na história mundialregistrado no Brasil, e o casos em investigação de microcefalia e óbito fetal. Segundo o grupo, o patógeno sofreu um rearranjo genético com outros dois microrganismos que circulam na Amazônia e têm potencial para infectar humanos: o vírus Iquito e o vírus Perdões (PEDV). Novos estudos serão realizados para estabelecer a relação ou não com os graves desfechos da doença relatados nos últimos dias.

Para o estudo, os cientistas avançaram um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que avaliou amostras da região Norte do país no ano passado e detectou que o vírus sofreu mutação. A nova pesquisa comparou amostras coletadas em Santa Catarina, Bahia e Espírito Santo e comparou-as com sequências genéticas obtidas nos estados do Amazonas, Acre e Rondônia.

“Outros desdobramentos da pesquisa poderão confirmar se os casos mais graves da doença estão relacionados a essas alterações genéticas”, disse Renato Santana, professor do Laboratório de Biologia Integrativa da UFMG, em nota.

Embora seja muito cedo para fazer qualquer tipo de associação, as mutações poderiam ajudar o vírus a se espalhar mais facilmente para outras partes do país e, como acontece com outros vírus, levar a casos mais graves.

Necessidade de investigação adicional

José Geraldo Ribeiro, epidemiologista do Grupo Fleury, afirma que o levantamento é importante para o entendimento da doença e que a ampliação da testagem é um fator que contribui para os acontecimentos que estão sendo investigados em meio à propagação da infecção no país.

“Daí a importância da ampliação da testagem para aprofundar essa investigação no Brasil”, afirma.

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Segundo o Ministério da Saúde, a testagem foi ampliada em todo o Brasil no ano passado e, este ano, foram contratados 380 mil exames adicionais para diagnóstico laboratorial da doença.

Mortes por febre Oropouche

Na semana passada, o Ministério da Saúde divulgou comunicado confirmando a morte de duas mulheres do interior da Bahia que apresentavam sintomas de dengue grave, mas haviam sido infectadas pela febre Oropouche. Eles tinham menos de 30 anos e não tinham comorbidades (doenças anteriores). “Até o momento, não havia nenhum relato na literatura científica mundial sobre a ocorrência de morte pela doença”, informou o ministério.

Na época, a secretaria informou que um óbito registrado em Santa Catarina continuava em investigação, mas um óbito notificado no Maranhão suspeito de ter relação com a infecção havia sido descartado.

Inicialmente, os casos estavam concentrados na região Norte do país, principalmente no Amazonas e Rondônia. Depois, eles se espalharam para outros estados. A doença é monitorada pela Sala Nacional de Arboviroses, que monitora outras infecções causadas por mosquitos, e foi registrada 7.236 casos de febre Oropouche em 2024.

Casos de transmissão de mãe para bebê

O Ministério da Saúde também está investigando seis casos de transmissão de mãe para bebê da doença que resultou em episódios de morte fetalOaborto espontâneo e três casos de microcefalia, malformação que provoca diminuição do perímetro da cabeça do bebê. Foram três episódios em Pernambuco, um na Bahia e outro no Acre.

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“As análises estão sendo feitas pelas secretarias estaduais de saúde e especialistas, com acompanhamento do Ministério da Saúde, para concluir se existe relação entre a febre Oropouche e os casos de malformação ou aborto”, disse, em nota, o ministério .

Entenda a febre Oropouche

A febre Oropouche é causada pelo vírus OROV e é transmitida por Culicóides do Parámais conhecido como maruim ou flebotomíneo. Nas regiões urbanas, o Culex quinquefasciatus, O mosquito comumente visto nas residências é um dos vetores.

Detectado pela primeira vez em Trinidad e Tobago em 1955, causou surtos esporádicos no Brasil, Equador, Guiana Francesa, Panamá e Peru. No Brasil, o vírus foi isolado pela primeira vez em 1960 através de uma amostra de sangue de uma preguiça capturada durante a construção da rodovia Belém-Brasília.

Os sintomas da doença são febre de início súbito, dor de cabeça, rigidez articular e dor. Alguns pacientes apresentam fotofobia (intolerância visual à luz), náuseas e vômitos persistentes que podem durar de cinco a sete dias. Em casos mais graves, que são raros, a progressão para meningite.



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