Mulheres relatam assédio de doadores em inseminação caseira – Jornal Estado de Minas

Mulheres relatam assédio de doadores em inseminação caseira – Jornal Estado de Minas



SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A inseminação domésticaque cresce sem regulamentação nas comunidades online, traz à luz relatos de assédio e abuso, especialmente por parte de mulheres, contra doadores de esperma.

As descrições incluem homens pedindo fotos íntimas de mulheres, exigindo “estimulação” para ejacular e até solicitando imagens da pessoa tentando ejacular. engravidar quando eu era criança. Alguns também dizem que sofrem perseguição. Grupos sobre o tema existem principalmente no Facebook.

Na inseminação domiciliar, um homem (chamado de doador) ejacula em um pote e a mulher (chamada de tentante) introduz imediatamente o sêmen no útero usando uma seringa ou outros instrumentos, como um cateter. Existe também uma ala do “método natural”, ou seja, do sexo, mas essa via é rejeitada pela maioria dos casais, mesmo com a insistência de alguns doadores.

Por isso a tatuadora Ana Donatão, 31, e o companheiro desistiram do procedimento em casa. Eles optaram por esse método porque não tinham condições de pagar pelo tratamento em uma clínica. “Ele [o doador] Eu não queria usar a seringa. Ela disse que a forma tradicional era mais assertiva e as chances de engravidar eram maiores. Então eu bloqueei.”

“Mesmo no método da seringa eles pedem estímulo para ejacular. Eles se reúnem em hotéis e até em shoppings. Lá, os doadores pedem para a mulher tirar a roupa ou mandam uma foto. Alguns até exigem que a foto seja de quando o tentador era uma criança”, disse ela.

A experiência negativa de Ana é compartilhada por outras pessoas. Uma mulher que pediu para que seu nome não fosse divulgado disse que ainda recebe ligações de um doador que queria sexo, mesmo depois de bloqueá-lo há seis meses.

Outra mulher, de Fortaleza, disse que um doador enviou fotos de seu pênis depois que ela recusou sua proposta de sexo.

Nas redes, os possíveis doadores costumam se gabar de seus “pontos positivos” – o número de mulheres que afirmam ter engravidado. Em grupos sobre o tema, é comum ver disputas entre eles, com troca de acusações de infertilidade.

A viagem e a acomodação do doador são geralmente pagas pelo doador. Há também quem cobre pelo sêmen, o que é proibido pela Constituição. O maior valor encontrado pela reportagem foi de R$ 300 por ejaculação.

Desde 2018, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) emite alertas contra a inseminação domiciliar e alerta que não há regulamentação sobre o assunto. O órgão reconhece, porém, que a escolha pela utilização ou não do método é uma opção individual, pois não é proibida por lei.

Ana também temia o futuro caso continuasse com o método caseiro. “Os doadores fazem exigências. Alguns querem manter contato com a criança. Outros querem que a criança saiba quem é o pai.”

Algo a que, em teoria, os doadores têm direito. “Acordos entre doador e receptor podem ser questionados judicialmente, permitindo investigações de paternidade ou reivindicações de parentesco por parte do doador, desde que sua identidade seja conhecida – o que não acontece nas clínicas de reprodução”, afirma a advogada especialista em direito de família Luciana Toledo Niess.

Além disso, na inseminação domiciliária em uniões femininas do mesmo sexo, o registo da criança inclui apenas o nome da mãe grávida, sendo necessária a solicitação da dupla parentalidade antes dos 12 anos.

O ginecologista Edson Borges Jr., diretor médico do FertGroup, alerta que na versão caseira não há investigações sobre a saúde do doador, nem protocolos de segurança. “Hepatite e HIV requerem tempo para serem detectados e podem ser submetidos a um simples teste de IST [infecções sexualmente transmissíveis]. É por isso que fazemos uma quarentena de seis meses com qualquer doação de esperma.”

Atualmente, os custos do tratamento de reprodução assistida variam entre R$ 15 e 30 mil, incluindo medicamentos, importação de sêmen e despesas médicas, disse. “É um procedimento de elite. Mas o fato de ser caro não significa que você deva fazê-lo errado. Principalmente porque pode prejudicar sua saúde e a do bebê.”

Ana agora busca tratamento em uma clínica de fertilidade por meio de um programa socioeconômico, chamado Projeto Girassol, com sede em São Paulo. No total, ela pretende gastar menos de R$ 10 mil.

O assunto ganhou repercussão após postagens de comunidades fechadas sobre o assunto vazarem no X (antigo Twitter). Como resultado, os administradores de grandes grupos alertaram os seus membros para dificultar a divulgação pública de mais conversas.

Os fundadores da “Inseminação Caseira/Locatários e Doadores – RS e BR”, com 42 mil integrantes, afirmaram em publicações de novembro que o grupo sofria invasões, que não havia ninguém para namorar e que o chamado método natural era uma distorção do propósito da comunidade.

A reportagem tentou entrar em contato com os administradores deste grupo e de outros, mas não obteve resposta e foi bloqueada. Procurada, a Meta (dona do Facebook, WhatsApp e Instagram) não respondeu se tinha conhecimento dessas comunidades.



empréstimo sobre a rmc o que é isso

empréstimos de banco

banco para pegar empréstimo

simulação emprestimo aposentado inss

empréstimo brasilia

empréstimo consignado para bpc loas

taxa de empréstimo consignado

simular empréstimo cnpj

Puutarhavajat : käytännöllisyyttä ja tyyliä pihaasi. Carte de garantie outils wolf.