Morte por câncer de mama no Brasil é maior em mulheres negras que brancas – Jornal Estado de Minas

Morte por câncer de mama no Brasil é maior em mulheres negras que brancas – Jornal Estado de Minas



Com o nome em inglês Disparidades étnicas nos padrões de câncer de mama no Brasil: examinando resultados de registros populacionais, artigo científico publicado em abril na revista internacional Breast Cancer Research and Treatment, investigou as taxas de incidência e mortalidade por câncer de mama entre diferentes grupos raciais no Brasil. Os resultados mostram que, embora a taxa mediana de incidência da doença seja maior entre as mulheres brancas, as negras recebem o diagnóstico em estágio mais avançado (60,1% contra 50,6%) e apresentam uma taxa de mortalidade 3,83 vezes maior.

Foram analisados ​​dados de 2010 a 2015 dos Registros de Câncer de Base Populacional do Brasil, dados clínicos e sociodemográficos de 2000 a 2019 dos Registros Hospitalares de Câncer e dados de mortalidade de 2000 a 2020 do Sistema Nacional de Informações sobre Mortalidade.

Primeiro autor do artigo, o oncologista clínico e membro do Comitê de Diversidade da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Jessé Lopes da Silva, explica que, de 2010 a 2015, foram notificados 70.896 casos de câncer de mama no Brasil, com o a taxa média de incidência entre mulheres brancas foi de 101,3 por 100 mil mulheres e entre mulheres negras foi de 59,7 por 100 mil. No entanto, as mulheres negras tinham maior probabilidade de viver em áreas subdesenvolvidas, ter níveis de escolaridade mais baixos, viver sem parceiro e ter maior consumo de álcool em comparação com as mulheres brancas.

“Esses aspectos socioeconômicos impactam diretamente, por exemplo, no acesso à informação e, consequentemente, fazem com que as mulheres negras tenham um diagnóstico mais tardio e que a taxa de mortalidade seja maior nesta população do que entre as mulheres brancas”, explica.

Também membro do Comitê de Diversidade da SBOC, a oncologista Abna Vieira comenta que, além das desigualdades socioeconômicas, as disparidades nos desfechos do câncer de mama podem ser influenciadas por preconceitos implícitos entre profissionais de saúde e pacientes. “No Brasil, a insatisfação com a assistência à saúde e a internação foram observadas em 12,2% dos pacientes brancos e em 17,4% dos pacientes pretos e pardos”, analisa ela, que também pertence ao Grupo de Pesquisa em Saúde da População Negra da Faculdade de Medicina de Universidade de São Paulo (FMUSP).

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Projeção

Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) indicam que, para o período de 2023 a 2025, são estimados 73.610 novos casos de câncer de mama anualmente no Brasil, o que estabelece esse tipo de câncer como a doença maligna mais comum entre as mulheres. Além disso, somente em 2022, ocorreram 19.363 mortes por câncer de mama entre as mulheres brasileiras, o que representa 1,3% da mortalidade total na população geral.

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Considerando essa projeção e os dados analisados, o estudo demonstra a real necessidade de implementação de políticas públicas de saúde e alocação adequada de recursos públicos para o rastreamento, prevenção e tratamento do câncer de mama com foco na redução das disparidades raciais e na melhoria dos resultados de saúde para todos os pacientes afetados pelo a doença”, diz Jessé Lopes da Silva.

Os demais autores do artigo são Andreia Cristina de Melo, Lucas Zanetti de Albuquerque, Mariana Espírito Santo Rodrigues e Luiz Claudio Santos Thuler.



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