Durante a gravidez, a nutrição desempenha um papel fundamental no desenvolvimento saudável do bebê e no bem-estar da mãe. Porém, com tantas informações disponíveis, é comum surgirem dúvidas sobre o que realmente é importante nesse período. Para esclarecer o assunto, Priscila Gontijo, nutricionista da Puravida, empresa que promove saúde por meio da nutrição, fala sobre as verdades e mitos em relação às afirmações que permeiam a mídia sobre suplementação e nutrição durante a gravidez:
Toda gestante precisa de suplementação vitamínica e mineral
Verdadeiro. A suplementação nem sempre é necessária para todas as gestantes. O uso de vitaminas e minerais deve ser orientado por um profissional de saúde, após avaliação das necessidades individuais da mulher. Embora muitos médicos recomendem o uso de ácido fólico, ferro e vitamina D, o ideal é que a maior parte dos nutrientes venha de uma dieta balanceada. Alimentos ricos em nutrientes, como frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras, são essenciais para garantir o bom desenvolvimento do feto.
Omega 3 não é necessário durante a gravidez.
Mito. O ômega 3, especialmente o ácido docosahexaenóico (DHA), é essencial durante a gravidez. Estudos mostram que o consumo adequado de ômega 3 está associado à melhoria do desenvolvimento cognitivo em crianças e à prevenção do parto prematuro.
Durante a gravidez, as mulheres grávidas podem obter ômega 3 de fontes naturais, como peixes gordurosos (salmão, sardinha) ou suplementos de óleo de peixe. Os suplementos geralmente são mais recomendados pelos profissionais de saúde, pela praticidade que proporcionam para garantir o consumo diário em quantidades adequadas e com segurança, pois há grande risco de consumir peixes contaminados quando não é possível saber sua origem.
As mulheres grávidas devem “comer por dois”
Mito. O conceito de “comer por dois” é um mito perigoso. O que as gestantes realmente precisam é garantir uma alimentação de qualidade e não em quantidade excessiva. O ganho de peso deve ser monitorado para evitar complicações como diabetes gestacional e hipertensão.
A recomendação é aumentar gradativamente a ingestão calórica, principalmente no segundo e terceiro trimestres, mas priorizar sempre alimentos ricos em nutrientes e não calorias vazias. Uma alimentação equilibrada, rica em fibras, proteínas, vitaminas e minerais, é muito mais benéfica do que simplesmente aumentar a ingestão calórica.
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