Um novo estudo internacional, publicado no European Journal of Heart Failure, está a trazer esperança aos pacientes que enfrentam o risco de danos cardíacos causados pela quimioterapia. O ensaio clínico, coordenado pelo Centro Nacional de Pesquisas Cardiovasculares (CNIC) e liderado por Borja Ibáñez, busca testar um método inovador denominado Condicionamento Isquêmico Remoto (CIR) para proteger o coração dos efeitos tóxicos de drogas como as antraciclinas, amplamente utilizadas no tratamento de diferentes tipos de câncer.
O cardiologista especialista em cardio-oncologia, Flávio Cure, explica que a cardiotoxicidade causada pelas antraciclinas, como nos tratamentos de linfomas e câncer de mama, é uma preocupação crescente devido à falta de tratamentos preventivos eficazes. O CIR demonstrou resultados promissores em estudos pré-clínicos, mostrando a capacidade de proteger o coração dos danos causados pela quimioterapia.
O método consiste em interromper temporariamente o fluxo sanguíneo para um braço, repetindo o processo algumas vezes durante o tratamento. O principal objetivo do estudo, denominado RESILIÊNCIA, é reduzir a incidência de insuficiência cardíaca em pacientes que sobreviveram ao câncer, melhorando assim a sua qualidade de vida a longo prazo.
Para Flávio Cure, a hipótese deste estudo é que o condicionamento isquêmico remoto, intervenção que consiste em episódios breves e repetidos de isquemia no braço, induzidos pela inflação de um manguito de pressão arterial por cinco minutos, seguido de alívio da pressão, pode reduzir a pressão lateral efeitos.
“As substâncias liberadas pelo braço em resposta a essa intervenção atingem diversos órgãos (no caso, o coração) e os tornam mais resistentes a lesões, como a exposição às antraciclinas. O condicionamento isquêmico remoto foi testado em muitos ensaios anteriormente, embora sob diferentes condições, como infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral. Esta é a primeira vez que esta intervenção é testada num grande ensaio randomizado com pacientes oncológicos submetidos a quimioterapia com antraciclinas”, explica o cardiologista.
Além do CIR, o ensaio clínico utiliza tecnologia de ressonância magnética cardíaca (RMC) para monitorar a função cardíaca dos pacientes durante o tratamento. Esse monitoramento é fundamental para detectar sinais precoces de cardiotoxicidade, o que pode ajudar a prevenir complicações mais graves. A ressonância magnética é realizada em três momentos do tratamento, permitindo uma análise detalhada dos efeitos no coração.
“Este ensaio clínico é um passo importante na busca de estratégias eficazes de proteção cardíaca para pacientes com alto risco de desenvolver insuficiência cardíaca devido à quimioterapia. Com o avanço das pesquisas, espera-se que o CIR e as novas tecnologias de imagem possam oferecer proteção real ao coração desses pacientes, melhorando sua saúde e qualidade de vida após o tratamento do câncer”, pontua.
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