Menopausa: quanto dura e o que acontece na fase marcada por incógnitas – Jornal Estado de Minas

Menopausa: quanto dura e o que acontece na fase marcada por incógnitas – Jornal Estado de Minas



De repente, todo mundo fala em menopausa, com uma gama de sintomas tão ampla que fica até difícil definir o que é esse momento. O período é marcado por incógnitas sobre quando começa, quais sintomas esperar, quanto tempo duram, entre outros. “Muitas pessoas se perguntam quando acontece a menopausa, e a verdade é que pode ser muito diferente para cada mulher, tanto na duração quanto nos sintomas. Geralmente, o primeiro sinal de que você pode estar entrando na menopausa são os ciclos irregulares. Você também pode começar a sentir alguns sintomas como ondas de calor, suores noturnos e alterações de humor – mas existem mais de 50 sintomas diferentes associados à menopausa”, explica o ginecologista, especialista em menopausa e membro da Sociedade Norte-Americana de Menopausa (NAMS). e da Sociedade Internacional de Menopausa (IMS), Igor Padovesi, que aborda algumas das principais dúvidas:

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Existem fases?

Sim, toda mulher passa por fases entre a infância, a puberdade, o período reprodutivo, a transição para a menopausa (ou perimenopausa) até a menopausa. É durante a puberdade que os principais hormônios femininos (estrogênio e progesterona) começam a ser produzidos, proporcionando os ciclos que levam à ovulação todos os meses e terminam com a menstruação.

Para a maioria das mulheres com idade entre 40 e 45 anos (para algumas entre 35 e 40 anos), começa um período de flutuações hormonais que caracteriza a perimenopausa ou a transição para a menopausa. Nesta fase, a maioria das mulheres ainda menstrua, mas os níveis hormonais já não são os mesmos, o ciclo menstrual pode mudar e os sintomas começam a aparecer. “Esta fase de transição para a menopausa, quando a grande maioria das mulheres se sente “diferente”, mas normalmente não se apercebe que está na perimenopausa, pode demorar em média cinco a dez anos”, afirma a especialista.

E a menopausa corresponde à cessação completa da menstruação, quando a produção dos hormônios sexuais pelos ovários se esgota definitivamente. Como a maioria das mulheres passa por um período final de perimenopausa em que os ciclos podem começar a ser espaçados, com meses de intervalo, a menopausa foi conceitualmente definida como após um ano sem menstruar. Depois disso, a mulher permanecerá na menopausa até o fim da vida. E muitos dos sintomas podem aparecer mais tardiamente, como a osteoporose e a síndrome geniturinária da menopausa, que atinge 100% das mulheres idosas sem tratamento, em maior ou menor grau (causando secura genital e alterações urinárias).

Quais sintomas aparecem exatamente?

Na verdade, existem muitos sintomas associados à perimenopausa e à menopausa. Segundo Igor, os mais comuns são: sintomas de sono (dificuldade em adormecer, sono mais leve e despertares noturnos); sintomas vasomotores (ondas de calor e frio, suores noturnos, palpitações); alterações de humor (irritação, ansiedade e nervosismo, mudanças bruscas de humor, menor capacidade de lidar com as situações, tristeza, ataques de pânico, choro e dificuldade de se acalmar); fraqueza, falta de energia e disposição; alterações cerebrais (esquecimento, dificuldade de concentração e tomada de decisões, falta de atenção, tontura, vertigem); dores de cabeça (dores de cabeça tensionais e enxaquecas); seios doloridos (mastalgia); secura (pele seca, coceira, acne e olhos secos); alterações vaginais (secura, prurido vaginal e dor vulvar) e alterações urinárias (perda de urina com esforços como tossir, espirrar ou saltar, alterações na frequência e maior urgência urinária); sintomas digestivos (distensão abdominal, azia, náuseas, prisão de ventre, diarreia e dores abdominais); dores (articulares e musculares, costas, pernas, pescoço, ombros e rigidez articular e muscular); piora da libido e sexo doloroso (dor durante a penetração, diminuição da lubrificação vaginal, maior dificuldade em sentir orgasmo e sentir-se excitado). “O médico deve estar atento aos sinais clínicos relatados pela paciente, que são muito mais importantes do que os níveis hormonais medidos, pois estes podem variar muito durante a perimenopausa”, afirma a especialista.

Existem testes para detectá-lo?

“Este é um ponto muito importante. Durante a fase da perimenopausa, as variações hormonais são grandes e os exames geralmente são normais (ou podem apresentar alterações e depois voltar ao normal). Não é uma mudança linear, pelo contrário. A perimenopausa é marcada por grandes oscilações hormonais”, afirma a médica. “O diagnóstico da perimenopausa é clínico e baseado em um conjunto de sinais e sintomas, e não em qualquer medição laboratorial. Se o médico esperar pelas alterações hormonais para iniciar o tratamento, perderá anos de sintomas da perimenopausa durante os quais a mulher já se beneficiaria muito com uma terapia específica para melhorar sua qualidade de vida”, acrescenta Igor.

Quanto tempo dura a perimenopausa?

Segundo o médico, a variação é grande, e da ordem de anos: em média, de três a dez. “Costumo explicar comparando com o vírus da gripe: para algumas pessoas pode ser assintomático ou apresentar sintomas de um resfriado leve. Para outros, pode levar à internação na UTI. Cada organismo responde de forma diferente e, no caso da transição para a menopausa, além da duração muito variável, o espectro de possíveis sintomas também é muito amplo”, afirma a ginecologista e especialista em menopausa.

Quais tratamentos são recomendados para a menopausa?

Segundo ele, existem diversas formas de aliviar os sintomas. “O mais utilizado e comprovadamente eficaz é a reposição de hormônios que faltam no corpo da mulher, na chamada terapia hormonal da menopausa. A principal delas é o estrogênio, que pode ser utilizado em diferentes vias de aplicação, mas as mais recomendadas são as vias não orais, como gel, adesivos transdérmicos ou mesmo implantes subcutâneos (popularizados como “chips hormonais”, método que ainda é um tanto controverso, mas cuja procura aumentou muito em todo o mundo nos últimos anos). “A reposição de estrogênio em comprimidos ainda é a forma mais barata e disponível, mas é cada vez menos utilizada, pois todos os estudos mais recentes apontam as vias não orais como opções mais seguras”, afirma Igor.

A especialista em hormonioterapia destaca ainda que os tratamentos atuais são muito diferentes dos anteriores, pois priorizam o uso de hormônios isomoleculares (ou “bioidênticos”), os mesmos que o corpo da mulher produz, em vez de hormônios sintéticos. A terapia visa manter os níveis hormonais femininos em valores próximos aos encontrados durante a vida reprodutiva da mulher.

“São tratamentos muito seguros, desde que prescritos e acompanhados regularmente por um médico”, comenta Igor Padovesi. “Há também tratamentos coadjuvantes, com dietas, fisioterapia, higiene mental, atividade física, meditação, fitoterapia e outros. Este é um período da vida em que a mulher passa por profundas transformações e necessita de uma compreensão global da sua nova fase, que pode ser muito melhor que as anteriores se for bem cuidada”, explica a médica.



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