Grupo estuda formas de melhorar a oxigenação durante exercício físico – Jornal Estado de Minas

Grupo estuda formas de melhorar a oxigenação durante exercício físico – Jornal Estado de Minas



Um dos fatores que mais influenciam o desempenho físico durante o exercício é a quantidade de oxigênio que circula no sangue no momento do esforço. Isso ocorre porque o oxigênio é utilizado pelas células musculares para produzir a energia necessária à contração, bem como pelas células cerebrais para controlar toda essa atividade motora.

Encontrar estratégias para melhorar a oxigenação tecidual durante exercícios de diferentes tipos e intensidades tem sido foco de projetos realizados no Laboratório de Fisiologia Aplicada ao Esporte (Lafae), que fica no campus Limeira da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A linha de pesquisa tem apoio da FAPESP (projetos 20/11946-6, 18/05821-6, 17/10201-4, 09/08535-5, 19/20894-2 e 19/10666-2) e do Conselho Nacional Conselho de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Acompanhe nosso canal no WhatsApp e receba em primeira mão notícias relevantes para o seu dia

“Quando um indivíduo é submetido a um esforço físico, e isso vai depender do tipo de exercício, da intensidade e do volume do esforço, há um aumento na demanda energética que faz com que o corpo se ajuste a essa nova condição. A oferta e utilização de oxigênio são critérios muito importantes no processo de manutenção do exercício físico e isso obviamente vai mudar de acordo com a intensidade”, explica a educadora física Fúlvia Barros Manchado-Gobatto, professora da Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA-Unicamp) e membro do Lafae.

Num trabalho recente, publicado no “Journal of Sport and Health Science”, a equipa do laboratório e colaboradores analisaram a relação entre o fornecimento e a utilização de oxigénio simultaneamente no cérebro e nos músculos durante diferentes tipos de exercício físico, incluindo ciclismo, passadeira , dobrando os joelhos e nadando. Para tanto, foram analisados ​​sistematicamente dados de 290 indivíduos adultos que participaram de 20 estudos publicados anteriormente.

“Acreditamos que a capacidade refinada do organismo de ajustar a oxigenação através do redirecionamento do sangue [hemodinâmica] é a chave para manter o exercício e, possivelmente, para desenvolver abordagens que possam promover a saúde e o desporto. Os avanços neste entendimento estão sendo impulsionados por novas tecnologias e pela fabricação de equipamentos vestíveis, como aqueles baseados em espectroscopia no infravermelho próximo e dispositivos não conectados. A utilização desse equipamento em estudos permite que informações sobre a oferta e utilização de oxigênio sejam medidas simultaneamente no cérebro e em músculos mais e menos ativos, enquanto o indivíduo realiza exercícios físicos”, afirma Manchado-Gobatto, coordenador do estudo.

Proteína transportadora

Conforme explica a pesquisadora, o transporte de oxigênio na circulação é feito pela hemoglobina – proteína que dá cor vermelha ao sangue. Quando esta proteína está ligada ao oxigênio é chamada de oxiemoglobina. A desoxihemoglobina é a forma sem oxigênio.

Ao rastrear essas duas formas de hemoglobina no sangue e nos tecidos dos voluntários, foi possível verificar alterações na hemodinâmica durante a atividade física. Assim, constatou-se que, embora haja aumento do fluxo sanguíneo no cérebro e nos músculos mais ativos durante o exercício físico, a resposta da oxi e da desoxihemoglobina é diferente nessas duas regiões.

Observou-se também que, quando o ponto máximo de esforço é atingido e tanto o músculo quanto o cérebro estão exaustos, a oxigenação fica comprometida em ambos os casos. Neste momento, o aumento do fluxo sanguíneo não é capaz de fornecer a quantidade necessária de oxigênio aos tecidos musculares ativos. No cérebro, o fornecimento de oxigênio é reduzido a valores críticos, o que pode levar à falha motora durante o exercício.

Envelhecimento

Neste primeiro estudo de revisão, o equilíbrio hemodinâmico durante o exercício foi avaliado em adultos saudáveis. Um dos objetivos dos investigadores do Lafae é descobrir como isso muda à medida que envelhecemos. Outro objetivo é compreender como pequenos ajustes nesse mecanismo podem favorecer o desempenho dos atletas.

Na avaliação de Manchado-Gobatto, faltam estudos sobre o tema. “A oxigenação no cérebro e nos músculos durante o exercício é estudada há muito tempo. No entanto, devido à falta de tecnologias vestíveis capazes de detectar sinais de alta frequência, as medições não eram tão precisas e observáveis ​​em tempo real. Além disso, grande parte da pesquisa se concentrou no cérebro [córtex frontal] ou em músculos ativos. Hoje conseguimos integrar os dois e realizar medições sem atrapalhar o movimento realizado pelo voluntário durante o exercício físico. Esta é uma abordagem importante, pois esta relação cérebro-músculo pode ser a chave para a compreensão fisiológica da intensidade do exercício e das exigências cerebrais e musculares de esforço”, diz ele.

Com os novos estudos, o grupo Lafae pretende avançar na compreensão destes sistemas, verificar se estão a responder adequadamente à intensidade do exercício, inclusive em condições de hipóxia ambiental, identificar a possibilidade de melhorar as prescrições de treino dos atletas e também avaliar as limitações de saúde.



empréstimo sobre a rmc o que é isso

empréstimos de banco

banco para pegar empréstimo

simulação emprestimo aposentado inss

empréstimo brasilia

empréstimo consignado para bpc loas

taxa de empréstimo consignado

simular empréstimo cnpj

El emporio de don cesar su caserito en linea. Anne skaber en unik oplevelse med tid til både ro, latter og fordybelse i de fascinerende historier om stevns klint.