O governo federal lançou, nesta quarta-feira, 18, o Plano de Ação 2024/2025 de combate às arbovirosescomo dengue, chikungunya, zika e oropouche, com a promessa de reduzir os casos dessas doenças no país. O investimento anunciado é R$ 1,5 bilhão entre este e o próximo anocom ações previstas para os meses que antecedem o verão, quando a transmissão tende a aumentar devido às condições climáticas favoráveis ao mosquito Aedes aegypti.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante evento de lançamento no Palácio do Planalto, destacou a necessidade de antecipar campanhas de combate. “Todo verão nos deparamos com um aumento de casos de dengue e outras doenças. Desta vez, com o aquecimento global a agravar as condições meteorológicas, decidimos iniciar a mobilização mais cedo”, afirmou.
No entanto, o sucesso do plano dependerá de vários factores, incluindo a adesão à sociedade medidas preventivas e a cumprimento das metas propostas pelo governo.
Como o plano funcionará na prática?
O Plano de Acção está organizado em seis eixos principaisque vão desde a prevenção até a organização do cuidado nos serviços de saúde. A proposta abrange tanto medidas imediatas como ações a longo prazo, envolvendo todos os níveis de governodesde o nível municipal até o federal.
- Prevenção: Uma das principais estratégias é o “10 minutos contra a dengue”, que orienta a população a elimine criadouros de mosquitos em suas casascomo água estagnada em vasos de plantas e tanques de água. Os agentes de controlo de endemias também serão chamados a trabalhar directamente com as comunidades, em parceria com agentes comunitários de saúde, para promover uma ação integrada para combater o vetor.
- Vigilância: O governo vai expandir o uso de tecnologias de monitoramentocomo o InfoDengue, que analisa dados em tempo real sobre a incidência de doenças. Também será instalado Estações de disseminação de larvicidas em áreas de maior risco. Estas armadilhas visam atrair fêmeas do Aedes aegypti para que, ao entrarem em contato com a substância, contaminem outros criadouros.
- Controle vetorial: Dentre as medidas de controle, destacamos a expandindo o uso de bactérias Wolbachiaque impede a transmissão do vírus pelos mosquitos. Testes preliminares em cidades como Niterói (RJ) e Campo Grande (MS) mostraram resultados positivos na redução da transmissão, e o governo pretende expandir esta estratégia para outras regiões.
- Organização da rede de saúde: O plano prevê a reorganização dos serviços de saúdecom a atualização de protocolos assistenciais e capacitação de profissionais para o manejo clínico dos casos mais graves. A ideia é garantir que, caso haja um aumento significativo no número de pacientes, o rede de saúde está preparada para atender de forma ágil e eficiente.
- Preparação para emergências: O Ministério da Saúde rever os planos de contingência nacionais e regionaiscoordenar esforços com estados e municípios para garantir uma resposta rápida e eficaz em situações de emergência. O vigilância epidemiológica será intensificadacom a coleta de amostras para identificar rapidamente o tipo de vírus circulante.
- Comunicação e mobilização: Serão lançadas campanhas de sensibilização em diferentes plataformas, com o objectivo de envolver toda a sociedade no combate às arboviroses. Além dos influenciadores comunitários e das campanhas nos meios de comunicação tradicionais, o governo aposta numa maior presença digital para ampliar o alcance das mensagens.
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