Falta de oxigênio ao nascer: protegendo o futuro d…

Falta de oxigênio ao nascer: protegendo o futuro d…



“Quando nasce um bebê, é como se um pedacinho do céu tivesse chegado à Terra.” Esta frase capta a imensa esperança que o nascimento traz, mas também nos lembra a fragilidade deste início de vida. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o asfixia perinatalque ocorre quando o bebê sofre privação de oxigênio durante ou logo após o nascimentoé a terceira principal causa de morte neonatal no mundo, responsável por 23% das mortes nesta fase.

Além do impacto social, a condição gera um fardo económico significativo, uma vez que os bebés afetados necessitam de cuidados médicos prolongados, terapias de reabilitação e apoio educacional e social. No Brasil, estima-se que entre 20 e 30 mil crianças nascem anualmente com asfixia perinatal e algum comprometimento neurológico, enfrentando altos riscos de morte ou sequelas neurológicas graves, como paralisia cerebral, cegueira, surdez e dificuldades de aprendizagem.

A campanha Setembro Esperança Verde surge como resposta a esta realidade, mobilizando a sociedade para um problema que afecta não só a saúde e o desenvolvimento das crianças, mas também o bem-estar das famílias e da economia do país. A sua principal mensagem é que é possível proteger o destino de milhares de bebés.

As estratégias para prevenção comece com um pré-natal monitoramento adequado e rigoroso do bem-estar fetal. Estima-se que dois em cada dez recém-nascidos não choram ao nascer e podem precisar de ajuda para respirar. A presença de profissional treinado em reanimação neonatal na sala de parto é fundamental para garantir que o bebê receba oxigenação adequada no primeiro minuto de vida – o precioso “Minuto de Ouro”.

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Quando o bebê precisa cuidados intensivosintervenções como hipotermia terapêutica e monitoramento cerebral contínuo demonstraram ser eficazes na minimização de danos cerebrais. Após a alta, o acompanhamento contínuo e a reabilitação são essenciais para que esses bebês possam atingir todo o seu potencial.

A Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), referência nacional em reabilitação, calcula que 45% dos pacientes acompanhados na instituição são por paralisia cerebral e podem ter relação com asfixia perinatal.

O tecnologia também está moldando um novo caminho na neonatologia. Estratégias digitais de saúde, como monitoramento remoto e inteligência artificial, permitem identificar riscos precocemente e realizar intervenções mais rápidas e precisas. Além disso, a telessaúde amplia o acesso a especialistas, levando atendimento de qualidade a áreas remotas com custos estruturais reduzidos, democratizando o atendimento.

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Prevenir sequelas neurológicas não é apenas uma questão de impactar vidas, mas também de gerar economias significativas para o sistema de saúde, reduzindo a necessidade de acompanhamento multidisciplinar, intervenções cirúrgicas e readmissões em UTI. Mais do que isso, garantir que estas crianças tenham um desenvolvimento saudável é investir numa sociedade mais forte, onde todas as crianças possam crescer e concretizar o seu potencial, contribuindo para um futuro próspero e sustentável.

* Gabriel Variane é neonatologista, fundador do Instituto Protegendo Cérebros Salvando Futuros, diretor médico da UTI Neurológica Neonatal da Santa Casa de São Paulo, membro do Grupo Executivo do Programa de Reanimação da Sociedade Brasileira de Pediatria e presidente eleito da Sociedade do cérebro recém-nascido

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