Falta de agulhas impede terapia menos invasiva con…

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O gestão de saúde pública É um desafio universal em diferentes países e modelos de governo. Embora saibamos que os recursos são limitados, alguns parâmetros mínimos de assistência devem estar disponíveis à população em geral e principalmente aos pacientes oncológicos.

Como em praticamente todos os sectores, o tecnologia podem e devem ser utilizadas para reduzir custos e tornar as atividades diárias mais rápidas, fáceis e, consequentemente, mais acessíveis.

Neste sentido, também na área da saúde, a tecnologia bem utilizada tem potencial para reduzir custos e aumentar a capacidade e eficiência na tratamento de pacientes – o que inclui a prerrogativa de uma visão humanística dos tratamentos.

O termoablação é um procedimento minimamente invasivo em que o médico utiliza agulhas e equipamentos de imagem para tratar diferentes tipos de tumores sem a necessidade de realizar “cirurgia aberta”. Dessa forma, o paciente é atendido e recebe alta muitas vezes no mesmo dia, sem necessidade de utilização de centro cirúrgico ou UTIs, que são limitadas em nosso país.

Uma pesquisa realizada em um hospital brasileiro mostrou que pessoas com tumores hepáticos tratadas com ablação representaram um custo médio de R$ 8.500,00 contra R$ 18.500,00 para pacientes submetidos à cirurgia aberta. Em termos gerais, tendo em conta este parâmetro, a poupança é significativa: para cada procedimento de ablação, gasta-se menos de metade do que se gasta numa cirurgia aberta.

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Quando pensamos no panorama nacional, técnicas minimamente invasivas como ablação permitem o tratamento de milhares de pacientes sem grandes investimentos em infraestrutura, já que os procedimentos são realizados com auxílio de tomografia computadorizada e ultrassonografia, amplamente difundidas e presentes na maioria dos municípios.

Como o procedimento dura cerca de 1 hora – contra 4 ou 5 horas da cirurgia hepática – a técnica permite a rápida multiplicação das vagas disponíveis e a produtividade do serviço em larga escala.

A termoablação apresenta resultados consistentes no tratamento de tumores primários do fígado e metástases de cânceres intestinais (quando a doença se espalha para fora deste órgão e afeta o tecido do fígado). Este ano, um estudo multicêntrico europeu foi apresentado no maior congresso mundial de oncologia (ASCO) e no maior evento de oncologia intervencionista da América Latina (Oncosobrice), trazendo dados sólidos – quase inequívocos – sobre os resultados do tratamento ablativo em metástases hepáticas, mostrando menor número de complicações, menor tempo de internação hospitalar e desfecho oncológico semelhante.

É importante reconhecer que a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias ao Sistema Único de Saúde (Conitec), em fevereiro deste ano, emitiu parecer para que procedimentos de ablação foram incorporados à assistência à saúde nas esferas pública e privada. Por isso, o Ministério da Saúde editou uma portaria com prazo de seis meses para que os procedimentos sejam incorporados ao SUS.

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Porém, infelizmente, o Ministério da Saúde “codificou” o procedimento na tabela SIGTAP, mas não vinculou o material necessário para sua realização, que são os agulhas de radiofrequência. Assim, vemos agora que todo o compromisso e a possibilidade de o procedimento ablativo ser de fato incorporado ao SUS permanecem apenas no papel.

É urgente que o Ministério da Saúde vincule e precifique os materiais em tabela própria porque, caso isso não seja feito, não haverá repasses para hospitais públicos. Hoje, na Unifesp, por exemplo, cerca de 80 pacientes não são tratados com essa técnica e enfrentam progressão da doença, inclusive perdendo o transplante de fígado.

Esperamos que as autoridades entendam a gravidade da situação atrasar o acesso brasileiro às técnicas ablativas e como podem gerar economia imediata de recursos para o SUS, permitindo maior universalização da saúde de forma mais rápida.

* Denis Szejnfeld é radiologista intervencionista, professor de medicina da Unifesp e presidente da Sobrice – Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular

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