A gravidade dos danos ambientais causados pelos incêndios que se espalham pelo Brasil também levanta preocupações urgentes sobre a qualidade do ar. As densas nuvens de fumaça alarmam a população e provocam reflexões sobre os impactos dessa poluição no corpo humano, inclusive no cérebro.
Acompanhe nosso canal no WhatsApp e receba em primeira mão notícias relevantes para o seu dia
Estudos destacam que, mesmo com a exposição a níveis considerados seguros de poluentes, existe a possibilidade de que o funcionamento do cérebro sofra impactos a longo prazo, especialmente nas funções cognitivas, aumentando o risco de doenças neurodegenerativas.
Uma pesquisa realizada na Keck School of Medicine, da Universidade do Sul da Califórnia, avaliou dados de cerca de 9 mil participantes para investigar os impactos da exposição à poluição do ar no desenvolvimento cerebral de adolescentes. Os resultados indicaram que, mesmo nos casos em que os níveis de poluição são considerados seguros, existem alterações significativas na conectividade funcional do cérebro, influenciando o desenvolvimento cognitivo e emocional.
Outra publicação na Neurology Journals investigou a relação entre o contato com a poluição do ar e o risco de comprometimento cognitivo leve e demência. Os investigadores acreditam que a exposição prolongada a níveis mais elevados está associada ao risco de desenvolver problemas cognitivos, com implicações significativas para a saúde pública.
Neurocirurgião e pesquisador da disciplina de neurocirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Marcelo Valadares destaca a necessidade de olhar além dos efeitos mais evidentes da poluição. “O ar que respiramos não afeta apenas os nossos pulmões. A longo prazo, estes ataques ao sistema nervoso central podem contribuir para o declínio cognitivo e aumentar o risco de demência, como mostram as pesquisas mais recentes”, afirma.
Existem riscos vasculares associados à poluição do ar?
A curto prazo, a poluição atmosférica, incluindo o fumo dos incêndios florestais, também pode aumentar o risco de acidentes cerebrovasculares (AVC) e outros problemas vasculares. A exposição a poluentes atmosféricos está associada ao aumento da inflamação sistémica e ao stress oxidativo, que podem danificar os vasos sanguíneos e levar a problemas cardiovasculares e cerebrovasculares.
“As partículas finas podem penetrar profundamente nos pulmões e entrar na corrente sanguínea, provocando respostas inflamatórias que afetam o coração e o cérebro”, explica Marcelo Valadares.
Medidas de proteção essenciais
Para se proteger da poluição intensa, valem algumas dicas:
– Monitorar a qualidade do ar: Em tempos de intensa poluição, existem aplicativos e sites que informam a qualidade do ar em tempo real, como o do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Quando a qualidade do ar for ruim, siga as recomendações de saúde pública para se proteger adequadamente
– Evite atividades ao ar livre: evite ou minimize o tempo ao ar livre, especialmente durante o pico de poluição. Caso precise sair, procure diminuir o tempo de exposição, principalmente se você faz parte de um grupo de risco, como crianças, idosos ou pessoas com problemas respiratórios.
– Manter ambientes internos saudáveis: Em casa, mantenha janelas e portas fechadas para evitar a entrada de poluição. Use purificadores de ar com filtros HEPA para melhorar a qualidade do ar
– Use máscaras apropriadas: Em ambientes com alto índice de poluição, principalmente em dias com muita fumaça ou poeira, como aconteceu nos últimos dias, utilize máscaras que filtrem partículas finas, como as do tipo N95 ou PFF2. Estas máscaras são capazes de bloquear a inalação de partículas perigosas que podem afetar tanto o sistema respiratório como o cardiovascular.
empréstimo sobre a rmc o que é isso
empréstimos de banco
banco para pegar empréstimo
simulação emprestimo aposentado inss
empréstimo brasilia
empréstimo consignado para bpc loas
taxa de empréstimo consignado
simular empréstimo cnpj