Há 27 anos, decidi mudar para minha casa. cirurgia bariátrica. Ainda estava muito vazio, poucas técnicas, conhecimento limitado, muitas armadilhas, longos corredores de aprendizado, mas o fascínio em explorá-lo para ajudar quem precisava de tratamento para obesidade me levou a percorrer todos os cômodos.
Naquela época sabíamos pouco sobre a doença, mas já sabíamos que o caminho para controlá-la seria difícil, multifatorial e que não seria possível atingir as metas apenas com a participação dos médicos. Era necessário ter um equipe multidisciplinar e, principalmente, que o paciente tivesse consciência participação em todas as tarefas domésticas.
Quem tem obesidade indicado para cirurgia tem uma doença crônica que pode envolver uma série de comorbidades. São doenças associadas, como problemas cardiovasculares, ortopédicos, dermatológicos, urológicos e metabólicos, sem contar o maior risco de alguns tipos de câncer e doenças neurológicas.
Além disso, fatores psicológicos, como depressão, tentativa de suicídio, exclusão social, uso de álcool e drogas, entre outros, podem fazer parte desta situação. Distúrbios alimentares como bulimia, hiperfagia (comer demais) e hábitos de lanches também estão por toda parte. A doença é um labirinto com muitas portas e corredores e, por isso, o tratamento deve ser bem direcionado para que possamos encontrar a saída.
Os quartos desta residência devem ter especialidades diferentes. A começar pelo cirurgião, que avaliará se o caso é realmente cirúrgico. Se positivo, exames e avaliações serão solicitados por outros profissionais: os exames podem revelar algo que contraindica a cirurgia, como gravidez ou tumor. Também serão avaliadas condições que vão desde a capacidade cardiorrespiratória até o estado mental do paciente, tudo que possa repercutir antes, durante e após a operação.
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Nutrólogos e nutricionistas entenderão e orientarão a dieta, psiquiatras e psicólogos analisarão e prepararão a saúde mental, endocrinologistas e cardiologistas equilibrarão as doenças que ocorrem paralelamente. Quando tudo estiver limpo e arrumado, o paciente poderá ir para o quarto, mas o cirurgia.
Ainda em recuperação na sala, a equipe estará ao seu lado orientando os próximos passos. Suplementação alimentar, proteica e vitamínica, exames… A rotina inicial é intensa e alguns cuidados permanecerão para sempre.
A cirurgia modifica o aparelho digestivo, os mecanismos de fome, saciedade e absorção alimentar, mas a doença – a obesidade – permanece lá e exige cuidados eternos.
A realidade, porém, é que, após alguns anos de convivência, o paciente sai de casa e não se lembra mais de onde veio. Ele se esquece dos médicos, quando na verdade se esquece de si mesmo.
Fato: a maioria dos pacientes submetidos à cirurgia bariátrica abandona a equipe e o tratamento adequado em até três anos após a operação. Eles optam por morar sozinhos ou muitas vezes se envolvem com pessoas e profissionais que têm pouco conhecimento de suas doenças.
Deficiências vitamínicas, doença do refluxo, úlceras estomacais, anemia, episódios de desmaios, bem como a volta do peso perdido, podem surgir caso ele demore muito para voltar para casa. Ou seja, o ambiente ideal de tratamento.
Ao contrário do filme Eles se esqueceram de mimao retornar, você não encontrará armadilhas ou brincadeiras pela casa, mas sim um sorriso para recebê-lo de volta. Afinal, o tratamento não pode parar.
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