O Brasil precisa reduzir a exposição da população à fumaça gerada pelas queimadas para evitar o aumento do número de casos de câncer nas próximas décadas. O alerta é do epidemiologista Ubirani Otero, chefe da Área Técnica de Meio Ambiente, Trabalho e Câncer do Instituto Nacional do Câncer (Inca), que define o cenário atual como “muito preocupante”.
A pesquisadora conversou com o Agência Brasil sobre os efeitos da fumaça na saúde humana.
“Se não prevenirmos esses problemas hoje, corremos o risco de ter um aumento de cânceres relacionados ao aparelho respiratório em um futuro próximo”, afirma Ubirani Otero.
O alerta do especialista aponta o caminho para evitar o surgimento de casos. “A melhor prevenção contra o câncer é a eliminação da exposição. Se parar o mais rápido possível, poderemos prevenir muitos casos no futuro”.
O epidemiologista explica que a fumaça dos incêndios florestais é composta por inúmeros compostos químicos, que a tornam cancerígena.
“Os incêndios geram muito material particulado. Estamos falando da liberação de monóxido de carbono, solventes, metais pesados, hidrocarbonetos aromáticos, fuligem, uma série de materiais que ficam suspensos no ar”.
Incêndios
O Brasil viverá um cenário grave de queimadas e incêndios florestais em 2024. De janeiro a agosto, os incêndios atingiram 11,39 milhões de hectares, segundo dados do Monitor de Incêndios Mapbiomas, divulgados no último dia 12. Segundo o levantamento, 5,65 milhões de hectares – área equivalente ao estado da Paraíba – foram consumidos pelo fogo apenas no mês de agosto, o que equivale a 49% do total do ano.
Riscos
O tipo de câncer mais diretamente ligado à exposição prolongada à fumaça e à poluição do ar é o dos pulmões e de outras partes do sistema respiratório. Ubirani Otero destaca que, diferentemente de outras doenças agudas causadas por exposição prolongada, como as síndromes respiratórias, os cânceres podem levar de 20 a 30 anos para serem identificados.
“O período de latência é longo, então os efeitos da poluição de hoje no câncer só veremos depois de 20, 30 anos”, alerta o epidemiologista
O especialista do Inca aborda questões de saúde, incluindo doenças respiratórias, principalmente de crianças, idosos e trabalhadores que trabalham em áreas abertas, com destaque para os bombeiros que combatem diretamente as chamas.
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