Dúvida de mãe: qual é o melhor esporte para colocar o meu filho? – Jornal Estado de Minas

Sabe-se que a prática esportiva é essencial para o desenvolvimento físico, mental e social das crianças. Mas, na hora de escolher uma atividade para os pequenos, surgem dúvidas sobre qual é a mais adequada.

Segundo a ortopedista do Hospital Prontobaby da Criança, Carla de Oliveira Alves Puell, não existe esporte perfeito, mas atividades como natação, futebol, ginástica e artes marciais são benéficas para o desenvolvimento global.

“A natação é excelente para o condicionamento cardiovascular e fortalecimento muscular, o futebol e o vôlei ajudam na coordenação e no convívio social, enquanto as artes marciais são ótimas para a disciplina e o equilíbrio. O ideal é diversificar, permitindo que a criança explore diferentes habilidades”, comenta a especialista.

Na hora de escolher, deve-se levar em consideração a personalidade, os interesses e a aptidão física da criança. “Os mais enérgicos podem preferir esportes de alta intensidade, como futebol ou basquete, enquanto os mais introspectivos podem se identificar com atividades individuais, como a natação. É importante considerar também o aspecto social e se o ambiente onde o esporte é praticado é acolhedor e seguro”, aconselha Carla.

Após a escolha, o médico sugere apoio parental para que a criança se sinta valorizada e motivada. “Esse apoio vai além do incentivo à prática física, influenciando na percepção da criança sobre o esporte como algo positivo e prazeroso. O envolvimento dos pais também ajuda a estabelecer uma rotina e uma relação saudável com a atividade física desde cedo”, pontua.

Após iniciar a atividade, pode-se notar uma clara diferença no tônus ​​muscular do pequeno. “Crianças que praticam esportes regularmente tendem a ter tônus ​​muscular mais definido e melhor postura. Além disso, o fortalecimento muscular e a flexibilidade ajudam a prevenir lesões e distúrbios musculoesqueléticos. A prática regular de exercícios também contribui para o controle do peso e a prevenção de doenças crônicas, como o diabetes, além de melhorar a saúde cardiovascular”, comenta o ortopedista.

Para as mães ansiosas que já buscam incentivo para o filho nos primeiros meses de vida, Carla é cautelosa nas recomendações. “A orientação é que, a partir dos três anos, as crianças comecem a participar de atividades físicas recreativas supervisionadas. Esportes mais estruturados, como futebol ou natação, podem ser iniciados por volta dos cinco anos e isso dependerá do amadurecimento físico e emocional dos pequenos. É importante que, nesta fase inicial, o foco seja na diversão e no desenvolvimento motor, sem pressão por desempenho”, aconselha o médico.

Carla dá conselhos aos pais que não têm condições financeiras para matricular o filho numa atividade extracurricular. “As atividades físicas não precisam ser caras. Caminhadas ao ar livre, brincar no parque, correr e até jogar em casa podem ser formas eficazes de manter as crianças ativas. Jogos que envolvem correr, pular e pular são ótimos exemplos de como os pais podem incentivar a atividade física de maneiras simples. O importante é criar uma rotina onde movimento e diversão andem juntos, longe das telas.”

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