O Dia do Amigo, 20 de julho, foi criado pelo professor de psicologia e filósofo argentino, Enrique Ernesto Febbraro, que se inspirou na chegada do homem à Lua, nesse mesmo dia, em 1969. Segundo ele, esse feito não foi apenas uma vitória científica, bem como uma oportunidade de fazer amigos em outra parte do universo.
Para a psicóloga do Prontobaby Hospital da Criança, Talitha Nobre, a amizade é um carinho desenvolvido nas relações com os outros. A interação social é uma necessidade inerente à condição humana e as crianças, ao longo de sua trajetória de vida, passam por alguns processos para construí-la.
“Ela começa a se descentrar e a perceber o outro, vivencia a socialização, identificando-se com a percepção e o desejo do outro”, comenta a especialista.
Segundo a psicóloga, a amizade tem um fator de proteção que traz muitos benefícios, como autoestima, autoconfiança e maior segurança para a criança no ambiente, além de ser importante para relacionamentos futuros.
“É na infância que criamos as primeiras experiências de socialização, comunicação, liderança e sentimento de pertencimento. Fazer amigos é extremamente importante para o desenvolvimento cognitivo, emocional, intelectual e afetivo. As interações sociais são muito ricas porque facilitam a construção de laços sociais, cooperação e reciprocidade, além de outros fatores sociais, como negociação e empatia”, explica.
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Com o passar dos anos, a influência da família diminui e as amizades passam a ter um papel importante. “Contribui para a saúde mental e estabilidade nos relacionamentos”, ressalta.
Para pais de crianças constrangidas, Talitha dá dicas de como ajudar as crianças a fazerem amigos. “Você pode e deve incentivar as crianças a fazer e manter amizades na infância. Para isso, proporcione encontros entre eles, permita que interajam, além de ajudar no comportamento, oferecer apoio emocional e oferecer ambientes seguros”, comenta.
Quem tem um amigo de longa data provavelmente mantém esse relacionamento desde a infância. “Os primeiros relacionamentos serão decisivos para as experiências futuras na vida adulta. A amizade desde cedo pode ajudá-los a se tornarem adultos mais confiantes na interação em sociedade”, ressalta.
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A psicóloga reforça que o melhor amigo ajuda a criança a lidar com conflitos, negociar, ceder, respeitar as diferenças e desejos dos outros. “Ter um melhor amigo é uma oportunidade de desenvolver companheirismo, apoio, lealdade, empatia e ajudar na construção da identidade da criança e na compreensão das diferenças.”
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