Creatina adulterada tem venda pela internet suspen…

Diante das reclamações suplementos de creatina adulterados ou com rótulos enganosos, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) — órgão vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública — determinou nesta segunda-feira, 2, o suspensão de venda de produtos identificados como irregulares na internet. A determinação, que busca intensificar as ações de fiscalização, faz parte de uma parceria entre o Conselho Nacional de Combate à Pirataria (CNCP) e o Conselho Federal de Nutrição (CFN) e leva em consideração a riscos para a saúde.

Segundo a Senacon, as notificações foram enviadas às plataformas de comércio eletrônico no dia 21 de novembro e os itens estão sendo retirados gradativamente.

Um dos suplementos preferidos Para quem pratica atividades físicas, a creatina está presente no organismo e tem como objetivo melhorar o desempenho fornecendo mais energia ao praticante. Como acontece com qualquer produto, deve ser recomendado por um médico após avaliação.

Neste trabalho de retirada do mercado de produtos irregulares, a maior preocupação é o fato de ser algo que passa a fazer parte do dia a dia do consumidor, o que pode ser perigoso se contaminado.

“Nosso objetivo é construir um canal aberto de diálogo com as plataformas de comércio eletrônico para evitar que sejam utilizadas como espaço de venda de produtos irregulares ou falsificados, principalmente no setor saúde”, disse, em nota, Andrey Corrêa, secretário- Executivo do CNCP.

A determinação também é um alerta sobre a mercado ilegal de suplementos irregulares. “A creatina, por ser amplamente consumida, precisa ser rigorosamente regulamentada e monitorada. Através desta parceria, procuramos não só retirar estes produtos do mercado, mas também consciencializar a população sobre os riscos”, afirmou, em comunicado, Wadih Damous, secretário Nacional do Consumidor.

Para comercializar suplementos alimentares No país, as empresas devem notificar a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Caso o produto contenha enzimas ou probióticos, o registro na agência é obrigatório. As regras foram estabelecidas em 2018 e entraram em vigor no ano passado.

Creatina com inconformidades

Na mesma ação, a Senacon enviou às plataformas os laudos técnicos produzidos em outubro pela Associação Brasileira das Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri) que identificaram inconformidades em creatinas comercializadas no Brasil.

A pesquisa da Abenutri, que reprovou 18 marcas do suplemento, virou alvo de ação judicial da Associação Brasileira dos Fabricantes de Suplementos Nutricionais e Alimentos para Fins Especiais (Brasnutri), que questionou os critérios de análise e obteve liminar suspendendo a divulgação dos dados .

Nesta terça-feira, 2, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) divulgou pesquisa considerando que “deve prevalecer o direito dos consumidores à informação”.