Cranioestenose: malformação deixa bebês sem espaço para cérebro crescer – Jornal Estado de Minas

Cranioestenose: malformação deixa bebês sem espaço para cérebro crescer – Jornal Estado de Minas



A craniostenose ou craniossinostose ocorre quando as suturas da cabeça do bebê se fecham prematuramente. Estima-se que uma em cada duas mil crianças nascidas vivas seja diagnosticada com a doença, o que não é tão raro em todo o mundo. Na maioria dos casos, o problema é identificado logo após o nascimento do bebê. No entanto, isso nem sempre acontece.

O neurocirurgião pediátrico Alexandre Canheu explica que a cabeça do bebê só consegue passar pelo canal vaginal na hora do nascimento, porque há espaços entre os ossos. O crânio é completamente macio, o que significa que o crânio do bebê é dividido em algumas partes, que vão se juntando à medida que a criança cresce, até fechar completamente.

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“O espaço entre os ossos nesta fase é chamado de sutura. Quando o fechamento é antes do período correto, o cérebro não tem espaço para crescer, o que caracteriza a malformação. , não têm efeito no crescimento craniano e nunca devem ser motivo de preocupação quando estão fechando”, pontua o especialista.

Uma das consequências para o bebê é o aumento da pressão intracraniana, que pode causar atrasos motores e cognitivos. Mas isso varia de acordo com cada paciente e com o tipo de malformação, que pode ser dividida em cinco, diferenciadas pela localização da sutura fechada:

  1. Escafocefalia
  2. Trigonocefalia
  3. Plagiocefalia anterior
  4. Plagiocefalia posterior
  5. Braquicefalia

Causa

A craniostenose pode não ter uma causa identificada, o que significa que a condição é considerada idiopática. Porém, a justificativa pode ser uma malformação isolada ou fazer parte de uma síndrome genética, como as síndromes de Crouzon, Apert ou Pfeiffer – que são as mais comuns. “Cada caso tem que ser avaliado individualmente, e as intervenções cirúrgicas geralmente são indicadas a partir dos três ou quatro meses de vida”, afirma o especialista.

Na maioria dos casos, o problema é identificado logo após o nascimento do bebê. Quando isso não acontece, alguns aspectos físicos chamam a atenção dos pais, como cabeça mais longa, olhos bem separados e testa maior que o normal. O diagnóstico é feito durante consultas de rotina ou com avaliação de um neurocirurgião. Exames como tomografia, radiografia e ressonância magnética devem ser solicitados para analisar mais detalhadamente o estado do bebê.

“A maioria das crianças necessita de intervenção cirúrgica, por isso o diagnóstico precoce é tão importante. O ideal é que sejam operados até um ano de vida, com o objetivo de corrigir o formato e o tamanho do crânio, para que o cérebro tenha espaço e se desenvolva corretamente, sem causar problemas neurológicos”, destaca Alexandre.



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