Coqueluche pode ser confundida com gripe e crianças de até um ano correm o maior risco – Jornal Estado de Minas

Coqueluche pode ser confundida com gripe e crianças de até um ano correm o maior risco – Jornal Estado de Minas



RIBEIRÃO PRETO, SP (FOLHAPRESS) – Surtos de coqueluche em países europeus, nos EUA e, agora, no Brasil, têm preocupado mães e pais. O estado de São Paulo anunciou ontem que os casos da doença já aumentaram 768,7% em relação ao ano passado: foram 139 até o dia 8, ante apenas 16 em todo o ano de 2023. A cobertura vacinal de São Paulo em 2024 para o problema é em 76,3%, o que significa que uma em cada quatro crianças ainda não foi imunizada contra a doença.

A recomendação é que as famílias procurem completar o ciclo vacinal dos pequenos, que começa com uma dose de reforço da vacina Tdap (difteria, tétano e coqueluche), também conhecida como pentavalente, na mãe por volta da 20ª semana de gestação.

As restantes doses, diretamente nos bebés, são aplicadas aos 2, 4 e 6 meses de idade com uma dose de reforço aos 15 meses e aos 4 anos de idade. “A imunidade não é duradoura. Por isso, é importante reforçar a vacinação, que está disponível em todos os 645 municípios paulistas”, disse, em nota, Tatiana Lang, diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) da Secretaria de Estado da Saúde (SES-SP).

É uma doença altamente contagiosa e pode levar as crianças à insuficiência respiratória e até à morte. Causada por uma infecção respiratória bacteriana, atinge principalmente bebês de até 1 ano de idade e pode ser prevenida com vacinação.

O agente do problema é a bactéria Borderella pertussis e os principais sintomas são crises de tosse seca, febre baixa, coriza e mal-estar, que podem ser confundidos com uma gripe comum.

O potencial de transmissão da tosse convulsa é, no entanto, ainda maior que o da Covid-19. A transmissão ocorre pelo contato com pessoas infectadas, principalmente em ambientes fechados e lotados, por meio de gotículas exaladas ao tossir, falar ou espirrar, podendo gerar, a cada infecção, mais 17 casos secundários

O médico Josias Aragão, infectologista do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), afirma que a coqueluche não é transmitida por objetos que a pessoa usa ao comer, por exemplo, porque a bactéria morre imediatamente quando está na superfície do objetos.

O pediatra e infectologista Renato Kfouri, presidente do Departamento de Imunização da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), explica que a coqueluche é uma doença que reaparece periodicamente e não deve alarmar a população, embora exija atenção para a necessidade da imunização ciclo.

Após um surto, a tendência é que os casos fiquem mais isolados, trazendo um período de calmaria, mas a onda atual pode ser maior que as anteriores se não forem tomados cuidados.

“Nossa última grande circulação [de coqueluche] foi em 2014 e 2015. A pandemia [de Covid-19]devido ao isolamento e por ser também uma doença respiratória transmissível, afetou essa dinâmica e, agora, estamos vendo aumentar significativamente em todo o mundo, com surtos no Reino Unido e casos graves com morte nos Estados Unidos”, afirma Kfouri .

A coqueluche tem baixa mortalidade, mas Kfouri destaca que cerca de 90% dos casos graves e mortes ocorrem em crianças não vacinadas com até um ano de idade.

“Essa é a fase de maior vulnerabilidade, tanto pelo tamanho da criança, que é pequenininha, quanto pela imaturidade do seu sistema imunológico, mas principalmente porque ela ainda não tem o esquema vacinal completo e vai acabar protegida apenas seis meses após completar as doses”, diz Kfouri.

Além dos bebês, também precisam ser vacinados profissionais de saúde e gestantes e a recomendação é que as campanhas sejam intensificadas neste semestre. Em São Paulo, para conter o surto, também estão sendo vacinados temporariamente os profissionais da educação que trabalham em creches.

“O maior risco para a doença está nos extremos de idade: idosos e crianças, mas principalmente crianças menores de um ano, que correm maior risco de desenvolver gravidade e muitas vezes necessitam de internação”, afirma Aragão.

A imunização é oferecida gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) e está disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do país.

A coqueluche persiste por 4 a 21 dias, mas geralmente afeta o paciente por um período de cinco a dez dias. “Os principais sintomas da doença são muito parecidos com os de um resfriado comum, mas é um resfriado que dura muito tempo, a tosse aumenta, acaba afetando a respiração, provocando vômitos e até guinchos, aqueles barulhos no final do dia. acesso de tosse. Muitas vezes a pessoa precisa ser internada”, diz Aragão.

A fase inicial pode durar até duas semanas e é chamada de “catarralque”, sendo o momento de maior contágio – a transmissão vai do 5º dia após o contato com o paciente até três semanas após o início da fase paroxística, que ocorre em sequência , manutenção da febre baixa e crises repentinas de tosse que podem comprometer a respiração.

A fase final é a convalescença, na qual os sintomas anteriores diminuem de frequência e intensidade, embora a tosse ainda possa persistir por vários meses.

O tratamento é feito com antimicrobianos indicados para coqueluche e, se introduzidos na fase inicial, podem reduzir o tempo de transmissibilidade, a duração e a gravidade da doença.

“É importante iniciar o tratamento o mais rápido possível em quem tem a doença e também, muitas vezes, em quem teve contato com o paciente, evitando que transmita a doença. bloquear vacinas para evitar transmissão e contágio”, diz Aragão.



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