Durante o verão, o aumento das temperaturas e a maior exposição solar podem favorecer o aparecimento de diversas condições típicas desta época: viroses, queimaduras, micose, intoxicação alimentar, dengue, entre outras. Não são exclusivos deste período, mas tendem a ser mais frequentes nesta época do ano, quando há uma combinação de fatores climáticos e fatores comportamentais que justificam o aumento de casos.
Para prevenir problemas de saúde, é fundamental tomar alguns cuidados – principalmente com crianças e idosos. A seguir, conheça os principais problemas de saúde que aparecem durante o verão e como evitá-los.
1. Micoses
As micoses são infecções fúngicas comum no verão devido ao aumento da umidade e do calor, que favorecem o crescimento de fungos. Elas podem aparecer em qualquer parte do corpo, mas regiões como pés, virilha e áreas entre os dedos dos pés são mais propensas a essas infecções, principalmente quando há suor excessivo e roupas úmidas. “Existem vários tipos de infecções fúngicas que afetam pele, cabelos e unhas. Eles estão todos sob o guarda-chuva que as pessoas chamam popularmente micose”, aponta o dermatologista Andrey Malvestiti, do Hospital Israelita Albert Einstein.
As micoses mais comuns surgem entre os dedos (as chamadas frieiras), nas unhas, nas dobras do corpo (virilha e sob os seios), no couro cabeludo e espalhadas pelo tronco (como as chamadas pano branco). Eles causam coceira, descamação e vermelhidão. Caso esses sintomas apareçam, é importante consultar um médico.
Para prevenir micoses, mantenha a pele seca e arejada (principalmente entre os dedos e região da virilha); use roupas leves, com tecidos que facilitem a evaporação do suor, e troque as roupas molhadas imediatamente após usar a piscina, entrar no mar ou praticar exercícios.
Além disso, é fundamental evitar andar descalço em locais públicos. “Uma dica para manter as áreas entre os dedos secas é usar um secador de cabelo ligado na temperatura fria ou complementar a secagem com um pedaço de papel higiênico, pois ele tem alto poder de absorção”, orienta Andrey.
2. Animal geográfico
O animal geográfico é um infecção causada por larvas de parasitas encontrados principalmente em ambientes contaminados por fezes de cães e gatos, como areia de praia e áreas úmidas. “Quando uma pessoa pisa em solo contaminado, a larva penetra na pele e se move lentamente. Ele [o bicho geográfico] Recebe esse nome devido às linhas sinuosas que se formam na pele, lembrando um mapa geográfico”, explica a dermatologista.
A larva é microscópica, por isso pode penetrar na pele intacta. Os sintomas incluem coceira intensa e aparecimento dessa “faixa vermelha” na pele. Para evitar isso, evite andar descalço em áreas de risco e mantenha uma higiene adequada. Caso ocorra infecção, o tratamento envolve o uso de medicamentos tópicos ou orais, conforme orientação médica. “Depois do tratamento a pele descasca, se renova e não fica nenhuma cicatriz”, destaca.
3. Insolação e queimaduras
A insolação e as queimaduras solares são problemas muito comuns durante o verão, causados pela exposição excessiva ao sol. A insolação ocorre quando o corpo não consegue regular sua temperatura devido ao calor intenso, causando sintomas como náusea, dor de cabeça, tontura e pele quente e seca. As queimaduras solares são danos à pele causados por raios ultravioleta (UV) que resultam em vermelhidão, dor e até bolhas.
“A insolação é uma queimadura solar exagerado. Os bebés e os idosos, por serem mais vulneráveis, correm maior risco e necessitam de mais atenção. Para evitar esses problemas, é fundamental usar protetor solar, roupas leves e chapéu, além de buscar sombra nos horários de pico de sol”, orienta Andrey. Em caso de insolação ou queimaduras, é importante procurar atendimento médico e hidratar-se adequadamente.
4. Queimadura de limão
As queimaduras de limão são outro problema relativamente comum no verão e ocorrem quando o suco da fruta entra em contato com a pele e a pessoa é posteriormente exposta ao sol. Isso causa a fitofotodermatose, que ocorre devido a uma reação química com a pele, na qual os compostos presentes no limão aumentam a sensibilidade da pele à luz solar.
O resultado pode ser uma queimadura dolorosa, que causa ardor, manchas escuras e até bolhas. “O limão é o grande vilão, talvez por ser mais consumido nas praias, em bebidas como a caipirinha e na alimentação, mas qualquer fruta cítrica pode causar essas queimaduras. Além de alguns temperos e plantas”, observa a dermatologista.
Para evitar queimaduras por limão, é importante lavar bem as mãos e a pele após manusear a fruta, além de evitar a exposição direta ao sol após o contato. Se ocorrer uma queimadura, saia do sol e consulte um dermatologista para tratamento adequado.
5. Intoxicação alimentar
As chamadas doenças transmitidas pela água e pelos alimentos (DTHA) podem causar infecções gástricas e intestinaispopularmente chamada de intoxicação alimentar. Ocorrem devido à ingestão de água contaminada ou alimentos mal conservados ou manuseados incorretamente no calor.
“No verão, estamos expostos a diversas situações que podem impactar na conservação dos alimentos. As altas temperaturas e as más práticas de manipulação de alimentos favorecem a proliferação de bactérias e toxinas”, alerta a infectologista Emy Akiyama Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein.
É importante ressaltar que nem sempre os alimentos contaminados apresentam sabor ou aparência ruins. Alguns exemplos de agentes causadores dessas infecções são bactérias (Salmonela, E.coliStaphyloccus), vírus (rotavírus, norovírus) e parasitas (como giárdia). Os sintomas mais comuns são diarreia, náuseas, vómitos, dores abdominais e, eventualmente, febre.
Para prevenir essas infecções, é fundamental manter uma higiene adequada das mãos ao manusear ou consumir alimentos (isso pode ser feito com álcool gel 70% ou água e sabão se as mãos estiverem visivelmente sujas); beba apenas água potável de boa qualidade; mantenha boas práticas de manipulação de alimentos e preste atenção naqueles que necessitam de refrigeração.
6. Vírus
Os vírus também são muito comuns no verão devido ao aumento das temperaturas e à maior circulação de pessoas em locais públicos. Durante esta temporada, vírus respiratóriosdoenças gastrointestinais e até transmitidas por mosquitos, como os vírus dengue e zika, tornam-se mais prevalentes.
Os sintomas variam dependendo do tipo de vírus, mas podem incluir febre, dor de cabeça, náusea, vômito e diarreia. “No verão, em geral, mudamos nossos hábitos, comemos diferente, os riscos aumentam. As medidas de prevenção são as mesmas das intoxicações alimentares. Manter uma boa higiene das mãos é fundamental para tentar minimizar esses vírus”, recomenda Emy.
7. Dengue, zika e chikungunya
A proliferação de mosquitos que transmitem doenças infecciosas – como dengue, zika e chikungunya – é favorecido quando as temperaturas são mais altas. Aliando esse fator à chuva, que favorece a maturação dos ovos do mosquito depositados no ambiente, os casos de transmissão aumentam consideravelmente.
Essas doenças provocam sintomas como febre, dores no corpo, manchas na pele e, em casos mais graves, podem gerar complicações. A dengue pode causar sangramento, o zika pode afetar o desenvolvimento fetal durante a gravidez e a chikungunya causa fortes dores nas articulações.
“É importante que as pessoas tomem medidas preventivas. É fundamental eliminar bolsões de água parada, como em vasos, pneus e recipientes, que servem de criadouro do mosquito”, explica. Use também roupas repelentes, de cores claras e, se possível, instale telas nas janelas de sua casa.
Vale lembrar também que existem vacinas contra algumas arboviroses, incluindo febre amarela e dengue. No Sistema Único de Saúde (SUS), o vacina contra dengue está disponível para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. Na rede privada, o QDenga está disponível para crianças a partir de 4 anos, adolescentes e adultos até 60 anos. A vacina contra febre amarela faz parte do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e está disponível gratuitamente pelo SUS em todo o Brasil.
8. Conjuntivite
A conjuntivite é uma inflamação na conjuntiva (parte branca dos olhos) que pode ser mais comum no verão devido ao aumento da exposição a ambientes com grande circulação de pessoas. A doença pode ser causada por vírus, bactérias, alergias ou produtos químicos (através do contato com substâncias como protetor solar, por exemplo).
É importante ressaltar que a única conjuntivite transmitida entre pessoas é a infecciosa, causada por vírus, bactérias ou fungos. “No verão, a conjuntivite viral é a mais prevalente e o principal agente responsável é o adenovírus, altamente contagioso pelo contato entre pessoas”, alerta Adriano Biondi.
Os adenovírus são responsáveis por cerca de 90% das conjuntivites contagiosas. Os sinais e sintomas comuns, em geral, incluem olhos vermelhos e lacrimejantes, sensação de coceira, inchaço da conjuntiva e das pálpebras, aparecimento de secreção e, em casos mais graves, formação de membranas nos olhos.
É importante consultar um médico para diagnóstico e tratamento adequados. “Muitas vezes uma pessoa tem conjuntivite viral e trata com antibióticos de forma errada”, alerta. Quando a fase aguda termina, a visão pode ficar prejudicada. “É importante que o tratamento seja feito com cuidado. Se uma pessoa apresentar baixa visão após conjuntivite, ela precisará usar medicamentos por algumas semanas. Se não for tratada adequadamente, pode afetar permanentemente a visão”, informa Adriano.
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