Como tratar os vasinhos e varizes? Médico vascular explica – Jornal Estado de Minas

No verão, as queixas relacionadas a varizes e vasinhos aumentam muito, por alguns motivos. O aumento da temperatura, assim como o aumento da umidade do ar e em altitudes mais baixas as pessoas apresentam vasodilatação mais acentuada, ou seja, as veias e vasos menores ficam mais dilatados.

Por outro lado, as artérias, que são os vasos que transportam o sangue para as extremidades, para os braços, para todo o corpo, são beneficiadas, à medida que aumenta o volume de sangue disponível para determinado órgão.

No entanto, as veias ficam sobrecarregadas porque chega mais sangue. O sangue pode ficar meio estagnado, estagnado lá embaixo, e isso causa edema, que é o extravasamento de água para fora do vaso, sensação de cansaço, peso, dor e, principalmente, as veias ficam mais visíveis, mais feias – a gente reclamação principal.

“As mulheres em especial, porque coincidentemente no verão elas também usam menos roupa, expondo mais as pernas, e os vasinhos, que são mais comuns nas mulheres, acabam aparecendo mais e causando muito desconforto”, comenta o médico vascular Álvaro Pereira.

Segundo ele, os vasinhos são classificados em tamanhos, diâmetros menor, médio e maior. A maioria das pessoas tem tamanhos menores, felizmente, mas ainda assim são bastante desconfortáveis. Quanto mais escura a pele, mais escondida ela fica, mas também não é nada agradável, pois acaba mostrando os vasinhos uma vez ou outra.

“A incidência de vasinhos, que também poderiam ser chamadas de microvarizes, é muito alta na população. Cerca de 86% das mulheres têm telangiectasias. As varizes, que são as veias mais profundas e maiores, também estão em alta na população, mas são muito menores que as telangiectasias. Digamos que 10% a 15% dos adultos tenham varizes. As mulheres têm maior incidência que os homens, devido à gravidez”, alerta a especialista.

Quanto aos sintomas, queixas não estéticas, vasinhos, na maioria das vezes não causam desconforto. Mas podem, em algumas pessoas, causar ardor, ardor, coceira, coceira, em regiões onde têm maior volume, e eventualmente um pouco de edema na região onde têm maior número de vasos.

Como as telangiectasias são muito superficiais e são a extremidade final das veias, elas têm uma repercussão menor, “seria a folha de uma árvore grande e fluida. O caule seriam as varizes, os galhos seriam as veias um pouco menores, visíveis, azuis, e as folhas, bem no final, seriam as telangiectasias”, comenta.

Tratamentos

As varizes quase sempre são tratadas cirurgicamente. “É difícil resolver varizes sem cirurgia. Existem algumas alternativas, a espuma, por exemplo, é uma das técnicas utilizadas, o laser também é usado”, explica o especialista.

Normalmente o tratamento mais tradicional utilizado é a escleroterapia, aplicação de algumas substâncias na região. Existem mais algumas alternativas associadas ao tratamento principal, como o laser transdérmico e a crioescleroterapia – injeção de medicamento em temperatura muito baixa, 40 graus negativos.

“Muitas vezes é usada uma combinação desses tratamentos. A pessoa faz duas, três sessões de escleroterapia e uma sessão de laser, e uma sessão de crioescleroterapia e uma sessão de espuma, digamos assim. Porque, dependendo da situação, é necessária esta ou aquela ferramenta. E muitas vezes as pessoas têm vários tipos de vasinhos. Mais fino, mais grosso, mais superficial, mais profundo. E são essas características que definem o tratamento ideal”, pondera Álvaro.

Recomendações

Para as pessoas que têm sensação de peso e cansaço, muito comum no verão, em temperaturas mais elevadas, a melhor recomendação é passar alguns momentos deitados, com os membros elevados, num ambiente mais fresco. Com a técnica, a pessoa pode retornar às suas atividades normais.

Existem medicamentos também, algumas pessoas precisam tomar medicamentos para os sintomas. Não previnem nem reduzem, mas melhoram os sintomas. Mas a aparência continua a mesma. Por isso na maioria das vezes acabam preferindo o tratamento, pois o desconforto estético que essa doença causa é significativo.

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