SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Uma ferramenta inédita, chamada ILP (Indicador de Longevidade Pessoal), tem como objetivo ajudar as pessoas a entender se seu estilo de vida atual contribui para uma velhice ativa e, a partir disso, promover mudanças que possam influenciar seu longevidade e qualidade de vida.
A ferramenta avalia seis áreas, com um total de 31 variáveis. Para cada um é fornecida uma espécie de pontuação de longevidade, que varia de 0 a 100. Segundo pesquisas que validaram o indicador, a pontuação média dos brasileiros é 64. Veja qual é a sua aqui.
As seis áreas são: atitudes em relação à longevidade (20 pontos), saúde física (20 pontos), saúde mental (20 pontos), interações sociais e meio ambiente (20 pontos), cuidados de saúde e prevenção (10 pontos) e finanças (10 pontos). ).
As questões abrangem diversos aspectos da vida, como hábitos alimentares, consumo de alimentos ultraprocessados e cigarros, rotina de atividades físicas e de lazer, qualidade do sono, sentimentos negativos, satisfação consigo mesmo, relacionamento com amigos e familiares e acesso a serviços de saúde , todos os fatores que influenciam a longevidade.
O teste foi desenvolvido e aplicado entre os brasileiros pelo Instituto Locomotiva, em parceria com a Bradesco Seguros, e divulgado em fórum de longevidade que aconteceu em São Paulo no dia 8. O doutor Alexandre Kalache, presidente do Centro Internacional de Longevidade Brasil, é o consultor do projeto.
Segundo ele, o diferencial do indicador é que ele ajuda as pessoas a identificarem fatores que podem ser modificados. “Eu posso me inscrever [o teste] e ver, por exemplo, que minha saúde física está bem, mas minha saúde mental não está tão boa. Daqui a um ano posso aplicar novamente e ver se melhorei, piorei ou nada mudou. É uma oportunidade para promover mudanças”, afirma.
Kalache diz que a ideia era criar algo que pudesse funcionar tanto a nível individual como de grupo. “É uma forma lúdica de lidar com um assunto que, para muitos jovens, ainda parece muito árido e distante”.
Os seis pilares que constituem o indicador foram baseados nos preceitos do envelhecimento ativo da OMS (Organização Mundial da Saúde) e apoiaram as questões de uma pesquisa que entrevistou 1.058 pessoas de todas as regiões do país, a fim de representar a população brasileira, entre 6 e 13 de março de 2024. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
A pesquisa mostrou que os brasileiros têm uma boa percepção sobre ações e hábitos que contribuem para a longevidade, como a alimentação saudável, mas muitos ainda não os colocam em prática.
Por exemplo, 75% dos entrevistados afirmam consumir pelo menos uma porção de doces ou alimentos industrializados por dia. Menos de um terço relata consumir três ou mais porções de frutas, legumes ou verduras diariamente, conforme recomendado pela OMS. Entre os mais jovens (18 a 19 anos), o índice é ainda menor: apenas 9% seguem essa orientação.
Segundo o cientista social João Paulo Cunha, diretor de pesquisas quantitativas do Instituto Locomotiva, os resultados revelam que a maior dificuldade dos brasileiros na velhice ativa está no pilar financeiro.
“A maioria da população [cerca de 60%] admite que não tem reservas financeiras para o período em que for mais velha”, afirma. Entre os mais pobres, o índice chega a 80%.
A saúde mental é também outro obstáculo à longevidade, especialmente entre os jovens e as mulheres. “São perfis que hoje enfrentam mais problemas e que merecem atenção das políticas de saúde”, afirma.
Outro dado que chama a atenção é o índice de satisfação dos jovens em relação às interações sociais (58%) e ao apoio dos amigos (55%), que são inferiores aos das pessoas com mais de 60 anos (65% e 58%, respectivamente).
“Ao contrário do que dizem alguns estereótipos, de que os idosos teriam uma vida social menos ativa e com menos apoio, vimos que os mais jovens são os que dizem sentir-se menos apoiados pelos seus pares, amigos e familiares”.
A rotina da aposentada Vera Lúcia da Conceição, 74 anos, ilustra bem essas constatações. Ela vai à academia cinco vezes por semana e, nos finais de semana, sempre tem algo para fazer com os amigos. “Nosso cinema e nossa cerveja são sagrados”, brinca.
Ao mesmo tempo, ela conta que seu neto adolescente, de 16 anos, está cada dia mais recluso em casa, sem convívio social. “Ele fica o tempo todo no celular, não quer falar com ninguém. Se os pais o repreendem, ele diz que ninguém o entende. É uma fase muito difícil.”
Segundo Cunha, da Locomotiva, em todas as variáveis indicadoras é possível observar o impacto das desigualdades sociais e raciais. No pilar inclusão social e ambiente, por exemplo, há uma diferença de 20 pontos entre os mais ricos e os mais pobres.
“Um ambiente menos poluído e menos barulhento oferece melhor qualidade de vida. Mas isso está além da possibilidade de controle individual. futuro.
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