Como lidar com familiares portadores de doenças cognitivas crônicas? – Jornal Estado de Minas

Como lidar com familiares portadores de doenças cognitivas crônicas? – Jornal Estado de Minas



Chamamos de demência diversas patologias neurodegenerativas que provocam a perda gradual das funções cerebrais, como Parkinson e Alzheimer. São condições crônicas, progressivas, ou seja, pioram com o tempo e não têm cura, embora existam opções de tratamento e cuidados paliativos para proporcionar bem-estar aos pacientes.

Devido ao crescimento da população mundial e ao aumento da expectativa de vida, são esperados cada vez mais casos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 50 milhões de pessoas vivem com demência no mundo e a projeção é que esse número salte para 150 milhões em 2050.

No Brasil, um estudo realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) mostrou que pelo menos 1,76 milhão de brasileiros com mais de 60 anos convivem com alguma condição neurodegenerativa. A previsão é que esse número chegue a 2,78 milhões no final desta década e a 5,5 milhões em 2050.

Professor do curso de psicologia de Una, Luiz Mafle destaca que existem três principais desafios enfrentados pelos familiares de quem tem perda cognitiva:

– Encargo financeiro: o indivíduo, que antes contribuía para a renda familiar, agora precisa de apoio financeiro

– Sobrecarga de cuidados: principalmente para as mulheres, que acabam abrindo mão da própria vida para atuar como cuidadoras familiares

– Sobrecarga psicológica: a sensação de impotência ao lidar com um indivíduo que possui uma doença degenerativa e progressiva e a experiência desafiadora de lidar com mudanças bruscas de humor do paciente

A professora destaca o compartilhamento do cuidado e do apoio emocional como principais apoios aos cuidadores familiares, para não sobrecarregar apenas uma pessoa, pois o paciente necessita de atenção constante. “Mesmo que você tenha um cuidador central, se você puder se revezar com outras pessoas ao longo dos dias e das noites, isso tira um pouco do fardo, para que a pessoa de quem você cuida possa ter sua própria vida. o restante da família acompanha de perto a situação. Portanto, a psicoterapia é necessária para lidar com essa realidade.”

Ler: Alzheimer: importância do diagnóstico precoce e atenção aos fatores de risco

Doenças que geram perda cognitiva costumam provocar alterações comportamentais nos pacientes, que podem se tornar agressivos ou muito apáticos, sem motivo aparente. Luiz ressalta que, “para lidar com essas circunstâncias, a primeira orientação é buscar conhecimento para saber em que estágios se encontra a patologia, o que vai acontecer, o que esperar e o que fazer nesses episódios”.

O professor recomenda ainda procurar grupos que compartilhem as mesmas experiências, seja no WhatsApp, na internet ou pessoalmente, “para compartilhar informações, trocar ideias e se preparar para cada momento”.

Qualidade de vida

Luiz orienta sobre como os cuidadores familiares podem ajudar a manter a qualidade de vida das pessoas com perda cognitiva:

– Treinamento cognitivo: “Faça exercícios que vão treinar a cognição, como jogos de memória, palavras cruzadas, leitura e trabalhos manuais. Nada disso impedirá a perda de cognição, mas poderá retardar um pouco a progressão da doença.”

– Compreensão e adaptação: “Saiba como acontece o processo degenerativo e faça adaptações em casa para que a rotina e os cuidados diários sejam mantidos e o paciente possa levar uma vida mais razoável.”

Cuide-se

A especialista reforça que é fundamental que os cuidadores familiares não negligenciem sua condição emocional ao atender entes queridos com perda cognitiva. “Os responsáveis ​​por cuidar de quem tem esse tipo de doença crônica têm duas vezes mais chances de sofrer de depressão do que a população em geral. Portanto, prestar atenção à sua própria saúde mental é essencial. Seja psicoterapia, para conseguir suportar a perda gradativa desse familiar, seja para tratar depressão ou ansiedade, seja para buscar ajuda com medicação no atendimento psiquiátrico”, enfatiza.

Ler: Doença de Parkinson e tremor essencial: como diferenciar?

A psicóloga ressalta a importância de manter contatos e relacionamentos. “Relacionamentos com parentes, amigos e até colegas de trabalho. Sacrificar a própria vida para cuidar de outra pessoa só resultará em dois doentes, tanto pela sobrecarga física quanto emocional. Portanto, é preciso manter, em algum nível, a própria rotina, para que quem precisa de ajuda não se torne um fardo. E preservar o carinho pelos familiares ao longo da vida.”



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