Comer biscoitos recheados faz mal para a saúde? – Jornal Estado de Minas

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O aterosclerose É um doença degenerativa e inflamatório caracterizado pelo acúmulo progressivo de lipídios (gorduras) e células inflamatórias na parede da artéria, formando uma “placa de ateroma”. Essa placa de ateroma progride e enxuis a uma velocidade que varia entre os indivíduos, o que pode levar ao estreitamento ou até mesmo a obstrução do vaso arterial. Aterosclerose é o principal fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

Várias terapias farmacológicas foram usadas para diminuir ou impedir o desenvolvimento da aterosclerose. No entanto, nos últimos anos, vários estudos enfatizaram o papel dos nutrientes e compostos bioativos Na progressão da formação da placa de ateroma.

De acordo com o nutricionista e médico da Universidade Federal de São Paulo (unifesp), Debora derruba a villaça, as gorduras saturadas encontradas em alimentos de origem animal, bem como os ácidos graxos trans encontrados em Cookies recheados e sorvete estão associados a um aumento no desenvolvimento da aterosclerose. Adicionado a isso, outros hábitos nutricionais já associados a doença cardiovascular: consumo excessivo de sódio como um fator axial no desenvolvimento de Hipertensão arterial sistêmica e ingestão excessiva de açúcares, o que leva a um aumento persistente nos níveis glicêmicos e à eventual falência das células endócrinas pancreáticas, resultando no Diabetes mellitus.

Mudança de hábito

Os ácidos graxos ômega-3 e polifenóis reduzem ou atenuam a aparência de lesões ateroscleróticas

Freepik

Por outro lado, existem vários nutrientes que podem ser aliados na prevenção e controle da doença aterosclerótica. Ácidos graxos ômega-3encontrado em peixes de água fria, nozes, chia e linhaça; As vitaminas C e E e os polifenóis (como o resveratrol, encontrados em certas uvas e vinho tinto) reduzem ou atenuam a aparência de lesões ateroscleróticas. A atividade desses nutrientes está associada a uma redução na resposta inflamatória, inibindo a migração de leucócitos e moléculas de adesão inflamatória que contribuem para a aterosclerose.

Ainda assim, esses compostos aumentam a atividade antioxidante que nos protege da oxidação de partículas de LDL, o “colesterol ruim” chamado, um elemento que contribui para a formação e progressão das placas de ateroma.

Debora também enfatiza a crescente relevância de que o Microbiota intestinal (Flora bacteriana do intestino) venceu em investigações científicas. A microbiota intestinal desempenha um papel importante no risco de doenças vasculares, pois influencia a formação de compostos específicos que podem regulamentar direta ou indiretamente a formação de placas ateroscleróticas.

Tanto os médicos quanto os leigos sabem que as escolhas alimentares que fazemos podem ser nossos aliados na prevenção e controle de doenças como o contrário.

Para isso, o consumo de dietas equilibradas e restritas em alimentos nocivos é fundamental no processo de busca de saúde. Um exemplo é o tão chamado “Dieta mediterrânea“, No qual a presença de frutas, vegetais e grãos integrais garante alto teor de fibras, que ajudam a reduzir a absorção de colesterol e melhorar a microbiota intestinal. Além disso, a dieta inclui o consumo de petróleo, sementes de oleaginosas, além de ingestão moderada de peixes e aves, garantindo uma contribuição adequada de ômega-3 e gorduras insaturadas, reconhecidamente mais saudáveis. Baixa ingestão de laticínios, carne vermelha e doces e consumo moderado de vinho tinto, fatores associados à melhoria do perfil lipídico e um efeito protetor à aterosclerose.

Debora afirma que “a adoção de uma dieta saudável é fundamental para controlar os principais fatores de risco para a aterosclerose: hipertensão, diabetes e dislipidemia. Uma dieta adequada traz melhorias relevantes na qualidade de vida e, eventualmente, oferece a oportunidade de reduzir ou até suspender parte da terapia medicamentosa. ”

O cirurgião vascular, diretor da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular – Regional São Paulo, Ivan Casella, acredita que os aspectos nutricionais do tratamento da aterosclerose são subestimados pela classe médica. “Todos sabemos da importância de corrigir hábitos alimentares inadequados, mas geralmente as diretrizes nutricionais realizadas pelos médicos são superficiais e inquestionáveis. Acredito que a parceria com os nutricionistas precisa ser explorada, porque, assim como buscamos a otimização da terapia medicamentosa, também buscamos a excelência na terapia nutricional de pacientes vasculares. ”

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