Brasil Saúde – Os casos de câncer têm aumentado e muitos estão ligados a factores como a industrialização e a urbanização. Estudos também avaliaram a relação entre hábitos alimentares e o desenvolvimento da doença para tentar identificar o que contribuiu para o aparecimento e ajudar a prevenir a doença.
Uma das questões é: a maior quantidade de alimentos torrados ou carbonizados está relacionada ao aumento da chance de desenvolver a doença?
A resposta requer uma análise cuidadosa do que são esses alimentos, como são preparados e do impacto compostos químicos formado durante o processo de preparação da refeição.
Quais são os riscos?
Há evidências de que a comida desempenha um papel importante tanto no desenvolvimento como na prevenção de alguns neoplasias. No entanto, os estudos sobre essas questões enfrentam certas limitações.
A maior dificuldade é estimar as porções, os tipos de alimentos e como são preparados para correlacionar quais, de fato, são os compostos que oferecem risco e em que quantidade podem apresentar risco. papel cancerígeno e causar danos à saúde dos indivíduos.
O desenvolvimento de câncerdireta ou indiretamente, não pode ser atribuída a um único fator ou alimento, mas a uma combinação de vários fatores, ligados à alimentação e também a outros hábitos de vida, como tabagismo, alcoolismo, obesidade, estilo de vida sedentário e também fatores genéticos que estão relacionados ao aparecimento dessa condição.
Dentre aqueles relacionados à alimentação, destaca-se o processo de preparo e consumo de alguns alimentos, que predispõe a formação de compostos potencialmente cancerígenos, segundo o estudo “Dieta e câncer: uma abordagem epidemiológica”, publicado na “Revista de Nutrição”.
Veja exemplos
1. Consumir com frequência alimentos conservados ou processadoscontendo grandes quantidades de nitratos e nitritos (ver rótulo da embalagem, na lista de ingredientes), pode aumentar o risco de desenvolver câncer de estômago e esôfago. Esses compostos aumentam a produção de radicais livrespromovendo danos celulares, que estão relacionados à formação de tumores.
2. O preparo de carnes submetidas a altas temperaturas — como frituras ou churrascos — promove a formação de compostos potencialmente cancerígenos, como as aminas heterocíclicas (AHs), formadas quando aminoácidos (componentes proteicos) e creatina (substância presente nos músculos) reagem sob altas temperaturas e hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (PAHs), que se formam quando a gordura ou os sucos da carne entram em contato com uma fonte de calor, gerando fumaça que adere à superfície do alimento.
O que fazer?
Tais práticas de preparo têm sido desencorajadas pelos especialistas em oncologia devido ao risco aumentado de desenvolvimento de neoplasias, com base em estudos que demonstraram que esses compostos, em quantidades elevadas e ingeridos com frequência, podem causar alterações prejudiciais à saúde.
Porém, ainda é possível incluir alimentos grelhados ou assados sem comprometer a saúde.
Aqui estão algumas dicas:
1. Evite queimar alimentos cozinhando em temperaturas moderadas
2. Prefira métodos de cozimento indiretos, cozinhando os alimentos primeiro no forno ou micro-ondas e depois na grelha, virando também a carne com frequência, reduzindo o tempo de exposição ao calor direto
3. Marinar a carne com limão, vinagre ou ervas, o que pode reduzir a formação de aminas heterocíclicas
4. Escolha cortes magros, reduzindo a quantidade de gordurao que resulta em menos fumaça e consequentemente reduz a formação de hidrocarbonetos
Mais frutas e vegetais, menos risco de câncer
Evidências epidemiológicas mostram que a consumo de frutas e vegetaisfontes ricas em fitoquímicos, minerais e vitaminas, entre outros componentes benéficos à saúde humana, apresentam resultado eficaz na prevenção de diversas formas de câncer. Com base numa análise cuidadosa dos inquéritos epidemiológicos globais, pode-se presumir que o aumento da ingestão de frutas e vegetais promove redução na incidência global de câncer, que varia entre 7% e 31%, embora ainda não haja uma justificativa clara para o determinante anticarcinogênico.
O consumo de alimentos carbonizados, de forma isolada, assim como outras práticas, sejam dietéticas ou não relacionadas à alimentação, não é fator determinante para o desenvolvimento de neoplasias, mas também não deve ser tratado como algo inofensivo. Embora a ciência ainda esteja analisando os dados, prevenção É sempre a melhor estratégia e gera melhores resultados para a saúde e o bem-estar. Ao adotar práticas culinárias conscientes e equilibrar hábitos alimentares com alimentos ricos em fibras, frutas, vegetais e grãos integrais, é possível minimizar riscos e promover uma saúde duradoura.
Cozinhar e comer com prazer e responsabilidade é a chave para desfrutar de um boa saúde sem comprometer o bem-estar. Afinal, a verdadeira prevenção começa pelas escolhas que fazemos diariamente.
Luis Eduardo Werneck – CRM 9638 PA RQE 73414 – Diretor Clínico do Grupo Brasileiro de Oncologia
Carolina Werneck – CRM SP-247652 – Médica do Grupo Brasileiro de Oncologia
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