Cirurgias plásticas impactam positivamente a saúde mental – Jornal Estado de Minas

O Brasil é um dos líderes mundiais em cirurgia plástica, com milhões de procedimentos realizados anualmente, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Esses números refletem uma demanda crescente por intervenções que vão além da estética, evidenciando uma busca pelo bem-estar integral. Além dos benefícios físicos, os procedimentos estéticos podem impactar positivamente diversas áreas da vida, inclusive a saúde mental.

Fazer uma cirurgia plástica pode ser uma das formas de melhorar a autoestima e alcançar o bem-estar emocional, tanto para homens quanto para mulheres. Cerca de 90% dos pacientes submetidos à cirurgia plástica estética relataram sentir melhora na autoestima, segundo a Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS). O Ministério da Saúde também destaca a importância de abordar o equilíbrio emocional de forma integrada, considerando intervenções que possam trazer benefícios psicológicos significativos.

Segundo Rodolfo Damasceno, empresário que atua na área da saúde auxiliando médicos e pacientes em processos cirúrgicos, os procedimentos que visam melhorar a aparência não são meramente estéticos e devem ser reconhecidos pelo papel crucial que desempenham na esfera psicológica. “Muitos pacientes relatam melhora significativa da ansiedade e da depressão após a cirurgia plástica”, revela.

Humanizando procedimentos

Para as pessoas trans, adequar a aparência à identidade de género pode ser especialmente impactante. Estudos indicam que as cirurgias de afirmação de género estão associadas a uma redução significativa nos sintomas de depressão e ansiedade, bem como a uma melhoria na qualidade de vida geral. “Os pacientes que procuram a cirurgia plástica geralmente desejam alinhar sua aparência com a imagem que têm de si mesmos e, quando isso é conseguido, a transformação emocional pode ser profunda”, explica Rodolfo Damasceno.

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Segundo a especialista, esses dados evidenciam a necessidade de reconhecer os procedimentos estéticos não apenas como uma busca pela beleza, mas como intervenções com potencial para promover um bem-estar emocional significativo. “À medida que mais pessoas buscam esses procedimentos, é fundamental que o apoio psicológico e a avaliação emocional sejam integrados ao processo, garantindo uma abordagem completa e humanizada”, afirma.

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Damasceno destaca a importância de consultorias que dêem suporte e ajudem a desburocratizar os processos cirúrgicos. “Ter um profissional para coordenar entre pacientes e cirurgiões plásticos pode ser fundamental para garantir que o procedimento seja realizado com segurança e eficiência para todos”, ressalta.