Mais uma vez, a tecnologia juntou-se à medicina e produziu resultados além das expectativas. A cirurgia de correção da coluna com auxílio robótico aconteceu de forma inédita em Minas Gerais e uma das primeiras do Brasil. Diagnosticado com Cifoescoliose, ESM, 15 anos, apresentava deformidade acentuada e progressiva na coluna torácica estendendo-se até a região lombar. Há cerca de um mês, a vida do menino mudou, após uma cirurgia robótica liderada pela equipe de Ortopedia, Traumatologia e Cirurgia da Coluna da Rede de Saúde Mater Dei – referência em cirurgias inovadoras e de alta complexidade, via plano de saúde.
A escoliose é uma curvatura lateral da coluna, quando ela se inclina para um lado, formando um “S” ou um “C”. A cifose é a curvatura normal da coluna vertebral na região torácica, voltada para fora. Os casos leves podem não afetar a vida diária. Mas os casos graves podem ser dolorosos e limitar a atividade normal. No caso do paciente, a curvatura chegou a 90,7 graus.
O menino não nasceu com escoliose. Apareceu e tornou-se mais pronunciado à medida que o menino crescia, especialmente no início da adolescência. “Ele cresceu muito rápido e nunca foi uma criança que praticava atividade física ou praticava esportes. Acredito que isso ajudou. Então, conforme ele foi crescendo, a cifose foi piorando, até chegar a um ponto em que começou a aparecer um caroço na frente do peito, no peito, por isso procuramos um ortopedista. O médico então disse que o caroço era causado por cifose, e que o tratamento seria cirúrgico.”, relatou o pai, TBM, que prefere não se identificar para preservar a privacidade e a autoestima do filho.
Antes da cirurgia, com a postura muito curvada, sem conseguir manter o corpo ereto, o adolescente sentia muitas dores nas costas e reclamava muito ao fazer alguma atividade física ou ficar muito tempo em pé. “O médico que acompanha meu filho, Dr. Luiz Cláudio de Moura França, coordenador de Ortopedia, Traumatologia e Cirurgia da Coluna da Rede de Saúde Mater Dei, nos alertou que, com o tempo, isso pode piorar, pode até levar a problemas respiratórios, devido à compressão pulmonar. A cifose estava progredindo muito”, disse o pai do menino.
Ele explica ainda que nenhum tratamento foi realizado previamente, antes da cirurgia. Logo após os exames, a primeira indicação de tratamento foi a cirurgia, devido ao avanço da idade neste caso. “Agora, depois de 1 mês, ele ainda está no pós-operatório, se recuperando e se acostumando o prótese, mas já dá para perceber que a postura dele melhorou, a coluna está mais ereta, ele consegue se movimentar com mais facilidade e até ganhou alguns centímetros de altura, devido à correção da postura. Provavelmente ele não sentirá mais as mesmas dores que sentia antes nem terá os problemas de saúde que poderia ter”, destacou o pai que também lembrou dos benefícios para a autoestima do filho. “Ele já está fazendo terapia e fisioterapia, em continuidade ao tratamento, para sentir mais confiança, física e emocionalmente. E pelo prognóstico que o médico nos deu, meu filho não precisará de nenhum tratamento adicional após a cirurgia.”comemorou TBM, pai da ESM
Segundo o médico Luiz Cláudio de Moura França, coordenador de Ortopedia, Traumatologia e Cirurgia da Coluna da Rede de Saúde Mater Dei, devido ao grande desconforto e mobilidade e ao impacto emocional causado pelo quadro, a equipe médica e a família optaram pela cirurgia intervenção. “O paciente lidava diariamente com dores e desconfortos. Mas o principal fator que motivou a cirurgia foi considerar a percepção do paciente sobre sua imagem. Ele se sentia muito incomodado com a estética de seu corpo, devido à deformidade característica que cria aquela corcunda, que chama ainda mais atenção no adolescente. O impacto emocional foi grande, causando uma série de consequências do ponto de vista da vida pessoal e do dia a dia do adolescente”, explicou o médico ortopedista.
De forma pioneira em Minas Gerais, a cirurgia utilizou um recurso que está disponível nos maiores centros cirúrgicos de alta complexidade do mundo. “A técnica cirúrgica para correção de um procedimento complexo como a cifoescoliose já está bem estabelecida e envolve uma série de procedimentos para corrigir esse tipo de deformidade. A grande inovação na realização do procedimento deste paciente foi o auxílio robótico para obter maior precisão em relação à colocação e posicionamento dos implantes. O procedimento inovador também permitiu reduzir a exposição à radiação e o tempo de cirurgia”, explicou o médico.
Com tecnologia de ponta, a internação pós-operatória durou apenas quatro dias. Segundo o médico Luiz Cláudio de Moura França, logo após a intervenção foi observado um ganho estético muito relevante e, com isso, melhorou a autoestima e a autopercepção do paciente em relação ao próprio corpo. Nas fotos, o antes e depois da cirurgia do menino da ESM, de 15 anos.
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