Os homens vão menos ao médico que as mulheres. Se essa já era a percepção no dia a dia e em consultórios e hospitais, uma pesquisa do Ministério da Saúde, realizada no início de 2023, mapeou que pelo menos 31% de toda a população masculina não costuma ir ao médico. A diferença no número de consultas entre os sexos chegou a 58 milhões de consultas a mais para eles.
A lacuna fica ainda mais evidente quando se trata do cuidado dos órgãos reprodutivos: em 2022, foram mais de 1,2 milhão de consultas femininas por ginecologistas, enquanto a procura masculina por urologistas foi de apenas 200 mil consultas. E isso também impacta diretamente nos casos de infertilidade masculina, ressalta Mauro Bibancos, urologista e especialista em reprodução humana da Fertility, unidade em SP do FertGroup.
“Esse ainda é um padrão cultural muito forte, que o cuidado é mais comum entre as mulheres. Os homens raramente vão ao médico e, quando o fazem, geralmente é por incentivo de uma mulher da família. Esta é uma complicação para toda a saúde, inclusive em casos de infertilidade. As mulheres, por exemplo, vão ao ginecologista desde muito cedo e, caso tenham alguma condição que possa levar à infertilidade, medidas são tomadas desde cedo, evitando complicações e melhorando os prognósticos”, enfatiza.
Pelo contrário, Mauro destaca que, no caso dos homens, eles procuram o médico quando já tentaram engravidar e não conseguiram, ou seja, o problema já está estabelecido. “E, muitas vezes, esse quadro seria diferente se houvesse essa detecção precoce.”
Cerca de 40% dos casos de infertilidade são causados por doenças masculinas, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Varicocele, condições anatômicas e hormonais, entre outros problemas, podem levar à diminuição da produção de espermatozoides.
“O espermograma, que pode ser feito por qualquer homem em idade reprodutiva, identifica problemas, além de um exame de imagem, que é capaz de fornecer informações detalhadas sobre o órgão, são essenciais no início da vida adulta. Em muitos casos, quando detectados precocemente, podem ser revertidos”, comenta.
Nas situações em que há uma perda gradual, mais acelerada e irreversível, a Reprodução Assistida pode ajudar, por exemplo, no congelamento dos espermatozoides para realizar a fecundação. em vitro (FIV) no futuro. “Nesse caso, o conhecimento do estado do paciente também é fundamental para que a qualidade da coleta seja suficiente. Os procedimentos dependem muito do material para terem sucesso”, analisa.
Mauro reforça que as inovações em Reprodução Assistida vêm avançando no Brasil e no mundo, permitindo que muitas pessoas tenham filhos. Mas a detecção precoce continua a ser uma premissa fundamental para toda a saúde. “O laboratório pode fazer muito, e tem feito, mas as chances de sucesso são sempre maiores se as condições de saúde também estiverem.”
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