Casais homossexuais com filhos biológicos: como realizar esse sonho? – Jornal Estado de Minas

Casais homossexuais com filhos biológicos: como realizar esse sonho? – Jornal Estado de Minas



A recente evidência do progresso social no Brasil, marcado pelo aumento de 20% nos casamentos entre pessoas do mesmo sexo em 2022, em comparação com o ano anterior – segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – destaca a crescente inclusão do mesmo -famílias sexuais no país. Nesse contexto, a reprodução assistida surge como aliada dos casais homossexuais, que, desde as atualizações das normas do Conselho Federal de Medicina (CFM) em 2010, têm a oportunidade de realizar o sonho de ter filhos biológicos.

Especialista em reprodução assistida, Claudia Navarro detalha as opções disponíveis para esses casais.

Casais masculinos do mesmo sexo

Doação de óvulos

O primeiro passo é a doação de óvulos. Em geral, é feito por mulheres voluntárias, de forma altruísta. Em 2021, o Conselho Federal de Medicina passou a permitir que parentes até quarto grau do companheiro, que não seja fornecedor de esperma, sejam doadores. Na ausência de doador da família, a doação deverá ser anônima.

Fertilização in vitro

No início do processo, o casal deve decidir qual parceiro abrirá mão do esperma. Utilizando técnicas laboratoriais, o sêmen é processado em laboratório e os melhores espermatozoides são selecionados. Eles são então injetados no óvulo por meio de um processo conhecido como ICSI ou micromanipulação. As placas são mantidas em uma incubadora em temperatura semelhante à do corpo da mulher e são avaliadas após algumas horas para verificar se ocorreu a fecundação.

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Útero de substituição

Antes do processo de fertilização in vitro, será necessário escolher uma mulher para ser a doadora temporária do útero, o chamado útero substituto. O embrião gerado em laboratório será transferido para este útero. As doadoras temporárias de útero devem pertencer à família do casal, em relação consangüínea até o quarto grau. Nos casos em que nenhum dos parceiros possui parente para fornecer o útero temporariamente, é necessária autorização do CRM. No Brasil, são proibidas doações com fins lucrativos.

Casais femininos do mesmo sexo

Doação de sêmen

O primeiro passo para um casal do mesmo sexo é escolher um doador de esperma. Assim como no caso da doação de óvulos, o doador deve ser anônimo e o casal, juntamente com a equipe médica que o acompanha, deve utilizar banco de esperma. Em 2021, o Conselho Federal de Medicina passou a permitir que parentes até quarto grau do companheiro que não fornecerá o óvulo sejam doadores. A doação de esperma também deve ser altruísta e não pode ter fins lucrativos.

Inseminação intra-uterina

Após escolher o doador de esperma, o casal terá quatro opções para dar continuidade ao tratamento. A primeira é optar pela Inseminação Intrauterina (IIU), processo menos complexo em que o sêmen da doadora é injetado no canal vaginal de uma das mulheres. Então, a fecundação ocorrerá no próprio organismo. Este procedimento deve ser realizado por profissional médico, após correta avaliação e acompanhamento. É importante destacar que a chamada inseminação domiciliar não pode ser realizada, pois, além de proibida, pode causar sérios problemas ao casal e ao bebê criado. O processo IUI não é recomendado para todos os casais do mesmo sexo. Em alguns casos é necessário recorrer diretamente à fertilização in vitro. O especialista avaliará e indicará a melhor técnica a ser utilizada.

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Fertilização in vitro

A segunda opção é o procedimento de Fertilização In Vitro (FIV), em que são utilizados os óvulos de um dos parceiros. Depois de coletados (aspirados), os óvulos passarão pelo processo de fertilização em laboratório, fora do corpo da mulher, com o esperma da doadora. Em seguida, o embrião fecundado será transferido para o útero da parceira que carregará o bebê. Quando o embrião é transferido para o mesmo parceiro que doou os óvulos, a mãe biológica será a mesma que dará à luz o bebê.

Gravidez compartilhada

A gravidez compartilhada também é feita por meio de fertilização in vitro. Mas aqui, o embrião gerado é transferido para o corpo do outro parceiro, e não daquele que originalmente doou o óvulo. Nesse caso, um dos parceiros será a mãe biológica, enquanto o outro carregará o filho. A transferência do embrião para o parceiro que não doou o óvulo é o que define a gravidez como compartilhada.

Útero de substituição

Finalmente, casais homossexuais de mulheres também podem beneficiar de um útero substituto. Neste caso, o procedimento é autorizado desde que haja impossibilidade ou contraindicação de gravidez em ambos os parceiros.



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