O mundo respira pesadamente com as guerras na Europa e no Médio Oriente. Há imensa expectativa sobre como será a administração de Donald Trump ao retornar à Casa Branca. No Brasil, discute-se o envolvimento de Jair Bolsonaro e seu círculo mais próximo na tentativa de golpe do infame dia 8 de janeiro de 2023 — tema que não sairá dos noticiários tão cedo. Paralelamente, o pacote de corte de gastos, sem dúvida, é um nó górdio para a melhoria da economia brasileira. O drama urgente das alterações climáticas, acelerado pela mão por vezes irresponsável dos seres humanos, é projectado como uma sombra sobre todas as nações. O jornalismo como rascunho da história não pode parar. Há 56 anos, VEJA se dedica a oferecer profissionalismo, com informações precisas e aprofundadas, sobre tudo o que move a civilização — e, invariavelmente, além de esquadrinhar os bastidores de acontecimentos decisivos, a revista teve o privilégio de inaugurar discussões, com os chamados “furos”.
Um tema, nestas cinco décadas de aventura, nunca deixou de caminhar, de mãos dadas, firme e forte, entre as revelações publicadas em áreas como economia, política e educação: a saúde. Sempre atento às principais preocupações de seus leitores, VEJA deu especial atenção às campanhas de vacinação, aos surtos, ao surto de AIDS no início dos anos 1980, e à Covid-19, a partir de 2020. Houve também espaço generoso para os cuidados com o corpo, especialmente para dietas e controle da obesidade, doença que desencadeia tantas enfermidades no organismo. Nesta edição, nos aprofundamos nos detalhes dos avanços tecnológicos no controle do diabetes.
O zelo pela precisão foi reconhecido ao longo do tempo. Felizmente, a sensação de ser uma referência incontornável de conhecimento é unânime. Recentemente, o editor Diogo Sponchiato e a repórter Paula Felix foram premiados entre os mais admirados da imprensa de saúde, ciência e bem-estar na premiação promovida pelo Hospital Israelita Albert Einstein e pela plataforma Jornalistas&Cia. Paula e a repórter Ligia Moraes conquistaram o 1º lugar no Prêmio da Associação Médica do Rio Grande do Sul pela capa “Doenças Climáticas”. A revista VEJA SAÚDE, parte vital da VEJA, dirigida por Diogo, foi reconhecida como o melhor veículo especializado pelo Einstein. “É um trabalho coletivo, com atenção permanente, nas edições impressas e no site”, afirma Diogo. Qualidade, em suma, é sinônimo de muito trabalho e respeito. Vale lembrar um aforismo do escritor russo Ivan Turgenev: “A felicidade é como a saúde: se não sente falta, significa que ela existe”. Ou, alternativamente, a provocação bem-humorada de Millôr Fernandes, aqui mesmo em VEJA, porque rir é sempre o melhor remédio: “Um cara só é ateu sinceramente quando está com muita saúde”. Saúde para todos.
Publicado em VEJA em 29 de novembro de 2024, edição nº 2921
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