Câncer de mama na gestação: entenda caso da cantora Camila Campos – Jornal Estado de Minas

Câncer de mama na gestação: entenda caso da cantora Camila Campos – Jornal Estado de Minas



Camila Campos, cantora gospel e esposa do jogador do Cruzeiro, Leo, foi diagnosticada com câncer de mama em estágio avançado. Grávida de sete meses, Camila precisou ser internada para tratar a doença. A informação foi confirmada pela equipe do cantor na última quinta-feira (11).

Segundo a equipe, o câncer foi descoberto depois que Camila sentiu fortes dores e foi levada às pressas para o hospital sob supervisão médica. “Embora o diagnóstico seja assustador e desmotivador aos olhos da medicina, neste momento precisamos acreditar no que Camila sempre profetizou em suas ministrações e canções, acreditando no poder da oração em Cristo Jesus e em uma igreja que se levanta em oração em favor de seus irmãos neste momento de luta”, disse um seguidor nas redes sociais. O caso também gerou comoção em igrejas de Belo Horizonte e entre torcedores de Leo.

Entender

O oncologista clínico Cleydson Santos, coordenador do Serviço de Oncologia da Rede Mater Dei, explica que quando o câncer de mama ocorre antes dos 40 anos é obrigatória a investigação da causa genética e/ou hereditária relacionada a esse câncer. “Sabemos que 85% das vezes o cancro da mama acontece por acaso, mas em 15% existe algum factor genético/hereditário responsável pelo aparecimento da doença, e normalmente acontece em pessoas mais jovens – antes dos 35-40 anos” , ele informa.

Este ano, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que mais de 73 mil mulheres serão diagnosticadas com câncer de mama. Excluindo os casos de câncer de pele não melanoma, é o mais comum na população feminina no Brasil. Durante a gravidez e o pós-parto, é frequente a ocorrência de câncer de mama devido ao aumento dos níveis de hormônios como estrogênio e progesterona, o que dificulta a detecção precoce da doença.

Renata Capanema, mastologista da Rede Mater Dei de Saúde, explica que o câncer de mama geralmente não apresenta sintomas no início, sendo a mamografia a principal ferramenta para detecção precoce. “Durante a gravidez os sintomas são os mesmos, mas a percepção é mais difícil devido ao aumento natural dos seios. Todo nódulo mamário deve ser investigado, principalmente se aparecer durante a gravidez.”

Cleydson acrescenta que o tratamento do câncer de mama durante a gravidez tem três pilares importantes:

1. Cirurgia: pode ser feito com segurança durante a gravidez, sem riscos para a mãe e o bebê

2. Radioterapia: contraindicado na gravidez. Normalmente atrasado até a entrega

3. Medicado: a quimioterapia é segura para a mulher e para o feto a partir do segundo trimestre

Outros tratamentos, como bloqueio hormonal, anticorpos, terapia direcionada e imunoterapia são contraindicados, pois não são seguros na gravidez. Quando necessário, espera-se que a mulher complete a gravidez.

Leia também: Mulheres que ‘pausam’ o tratamento do câncer de mama para engravidar

O oncologista, juntamente com o mastologista e o obstetra, devem conversar entre si para definir os dados da doença (tipo, subtipo, estágio) e prescrever a linha de tratamento para a gestante.“, explica Cleydson.

O tratamento do câncer de mama durante a gravidez depende de dois fatores:

  1. Subtipo de câncer de mama: Não existe um tipo único, como podem ser classificados, um deles, o carcinoma ductal, raramente apresenta sintomas. E ainda há uma subclassificação em função de um exame chamado imunohistoquímica – que divide o câncer de mama em:

  • Luminal A
  • LuminalB
  • HER2
  • DELA 2 Positivo
  • Luminal híbrido
  • Triplo negativo (subtipo mais agressivo)

  1. Estágio da doença: qual o tamanho do tumor na mama; se a axila do paciente está ou não comprometida; e se há ou não metástase: a disseminação da doença para outros órgãos distantes, como pulmão, fígado, ossos e cérebro – comumente afetados por essa neoplasia.

“É possível tratar o câncer de mama durante a gravidez com qualidade, mantendo e cuidando da saúde da mãe e do bebê. Não é necessário interromper a gravidez ou tomar medidas mais drásticas, como o aborto”, destaca a oncologista.

*Estagiário sob supervisão da editora Ellen Cristie.



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